A economia brasileira registrou crescimento de 2,7% em 2011, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (6). Em valores correntes, a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 4,143 trilhões e o PIB per capita (por pessoa) ficou em R$ 21.252. Em 2010, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) fora de 7,5%.
Por setores, a agropecuária liderou o crescimento no ano, com alta de 3,9%, seguida por serviços (2,7%) e indústria (1,6%). O IBGE atribui o crescimento da agropecuária ao aumento da produção de diferentes culturas e aos ganhos de produtividade. ?Na agricultura, quando você vê um aumento da produção, com uma diminuição da área plantada, existe um aumento da produtividade?, ressaltou Roberto Luís Olinto Ramos, coordenador de Contas Nacionais do IBGE.
No mesmo período, na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias cresceu 4,1% ? oitavo ano seguido de alta. A despesa de consumo da administração pública subiu1,9% e a formação bruta de capital fixo teve expansão de 4,7%.
O consumo das famílias deu uma desacelerada, mas a taxa se manteve em alta. A taxa de juros é uma das coisas que explicam a redução. A inflação mais alta e a crise mundial também são fatores que influenciam, disse o coordenador.
A previsão do mercado financeiro, apresentada na véspera, por meio do boletim Focus, do Banco Central, era de que o PIB teria uma expansão de 2,82%. A expectativa do Banco Central, que divulga a prévia do PIB, apontava para uma expansão de 2,79%. A estimativa oficial da instituição para o crescimento da economia do ano passado, porém, estava em 3%.
Para Guido Mantega, ministro da Fazenda, a estimativa era próxima deste valor. Em fevereiro, o ministro apontou que esperava uma expansão em torno de 3% para o PIB de 2011, com uma aceleração do crescimento no quarto trimestre do ano. Isso porque, de acordo com os dados do IBGE, a economia ficou estagnada de julho a setembro, com crescimento zero.

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