O bem de maior valor dos pobres e necessitados é o seu capital humano. Investir no capital humano por meio da educação é uma forma de aumentar os seus bens, corrigir as desigualdades sociais e reduzir a própria pobreza.

O acesso do povo a uma educação de qualidade está diretamente relacionado ao aumento da sua capacidade de gerar renda. Para o crescimento impactar sobre os bens dos pobres, especialmente o capital humano, a educação deve ser distribuída com maior equidade e inclusiva, chegando às camadas mais necessitadas da sociedade.

Enquanto políticas públicas para fazer uma redistribuição dos bens e das rendas são muito difíceis e politicamente inviáveis, aplicar no capital humano através da educação de qualidade é até aceito pela sociedade.

A educação melhora a vida das pessoas, fortalece o seu bem-estar, por exemplo, a educação das mulheres melhora a sua capacidade de gerar renda, reduz a mortalidade infantil e beneficia todas as gerações futuras.

Por sua vez, investir na educação dos trabalhadores aumenta a sua capacidade de sobrevivência em situações adversas como problemas ambientais, mudança de emprego e proteção contra as crises financeiras, além de causar diminuição dos acidentes de trabalho.

Melhorar a educação para os vulneráveis, muitas vezes excluídos, tais como os analfabetos, idosos, doentes crônicos, deficientes, entre outros, pode ajudá-los a ultrapassar os obstáculos sociais, minorar as suas dificuldades e gerar uma melhoria de qualidade de vida.

Investir nas pessoas torna-as mais respeitosas com os direitos humanos e as desigualdades sociais. A educação propicia as pessoas conhecerem e exercerem os seus direitos e obrigações, exercer conscientemente o seu direito de voto e gera maior consciência para o exercício integral de sua cidadania.

Os países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, têm investido quantias cada vez maiores em educação, mas isto só não basta. É preciso fazer uma relação entre os gastos com educação e os resultados efetivamente alcançados, fazendo análise do desenvolvimento social ocorrido através de métricas precisas.

Para fazer esta análise é preciso avaliar diversas questões da educação, como as taxas de repetência, de evasão escolar, alfabetização funcional, taxas de matrícula, motivação dos alunos e dos professores, investimentos realizados em capital físico e em profissionais da educação, entre outros. Além disto, é possível relacionar a melhoria da educação a questões fora das escolas, como natalidade, mortalidade infantil, acidentes de trânsito, saúde, entre outras, pois a educação de um povo deve ser sob diversas dimensões, com a finalidade de termos cidadãos com formação multidisciplinar e, por isso, mais completos para viverem em mais harmonia na sociedade.

É preciso termos políticas de educação de qualidade, pois pessoas com educação não são excluídas da sociedade, não são manipuladas pela mídia ou mesmo por políticos inescrupulosos e desonestos, não têm os seus direitos usurpados, têm consciência de seu papel de cidadão na sociedade, sabem melhor equilibrar suas finanças pessoais, respeitam e exigem que seus direitos sejam respeitados.

Também é certo que todo país para se proclamar justo, democrático e com oportunidades para todos, tem que ter uma educação universal, acessível a cada cidadão, e incluída em política de formação do cidadão nos diversos ângulos, como educação para melhorar os índices de obesidade, educação para melhorar o trânsito, educação para o pedestre, educação para o consumidor, educação para o eleitor, educação financeira, educação para diminuir o sedentarismo, educação para melhor a leitura, educação cultural, educação de informática para idosos, e, a mais lembrada, educação no ensino básico, médio, fundamental e universitário, porque todas as melhorias na sociedade passam pela educação.

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