Os professores que trabalham nas escolas da Prefeitura de Formiga farão, nesta sexta-feira (20), uma nova paralisação. O encontro será na praça Ferreira Pires, às 8h30, no qual todos estarão vestidos de preto e seguirão até a Prefeitura. O primeiro manifesto ocorreu no dia 5 deste mês.
Com isso, mais uma vez, os alunos ficarão sem um dia de aula. O motivo da paralisação são os cortes em adicionais dos professores. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Formiga (Sintramfor), Ana Paula Melo, foram cortados, há dois meses, os adicionais de passagem e de incentivo à docência, tanto dos professores antigos quanto dos novos contratados.
Na segunda-feira (16), deu entrada na Câmara Municipal, o projeto de lei 367/2011, que dispõe sobre a antecipação do vencimento básico inicial de R$650 aos professores da rede municipal de ensino. Ana Paula contou que o pagamento de R$650 não entrará no pagamento deste mês. ?Esse valor não retroage não, ele é para maio, porém, não dará tempo de colocar ele nesse pagamento de maio porque precisa estar publicado. Acho que eles não vão conseguir colocar para maio. Ele é retroativo a maio, mas deve que ele será pago só lá para junho?, explicou.
Primeira manifestação
Durante a primeira paralisação, realizada no início deste mês, a presidente do Sintramfor explicou que o piso dos educadores da rede municipal não é mais de R$650 e, que o valor, está inserido no Plano de Cargos. ?Agora é o piso federal, para nós que temos uma carga horária de 24 horas, a proporção é de R$712. Estamos reivindicando o piso para a nossa carga horária, a volta do adicional de passagem e o abono família que querem tirar. Estamos reivindicando um direito que já temos há 24 anos?.
Assim que chegaram à Prefeitura, na primeira manifestação, algumas professoras se reuniram com o chefe de Gabinete, Sheldon Almeida. Ele explicou que, em momento algum, a administração municipal fechou a negociação. ?Sempre mantemos o diálogo. Abrimos a discussão com os servidores e também na Câmara em relação ao Plano de Carreiras. Algumas reivindicações foram atendidas, outras não. Os projetos de lei tiveram uma tramitação muito democrática. Agora, vamos sentar e analisar, momento algum nós fechamos o diálogo, estamos jogando de forma clara. Até para nós a implantação do Plano de Carreiras e do estatuto ainda não é muito clara, ainda não sabemos o impacto orçamentário que isso vai ter?.De acordo com o chefe de Gabinete, a Prefeitura conta hoje com aproximadamente 2.100 servidores efetivos e contratados
A professora da pré-escola Lídia Braga Ana Maria de Castro, que é educadora há 20 anos, ressaltou que os professores tiveram uma queda de 50% no vencimento. ?Antes tínhamos um vencimento de dois salários e um adicional de passagens e nos foi retirado esse direito. Córrego Fundo é a terceira cidade de Minas que conta com o melhor salário de professores. É muito humilhante você fazer uma faculdade e depois ter os mesmos direitos de uma pessoa que tem apenas até o 5º ano?, desabafou a professora.

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