A vacina da Moderna é 90% eficaz contra a Covid-19 e 95% eficaz contra as formas graves da doença, anunciou a empresa americana em novos resultados publicados na terça-feira (13).

Os dados são de um ensaio clínico de fase 3 envolvendo mais de 30 mil pessoas nos Estados Unidos, e o número ficou um pouco abaixo de um ensaio clínico anterior, de dezembro, que atestava 94,1% de eficácia.

A Moderna não explicou o motivo da eficácia menor (e se isso se deve ao surgimento de novas variantes).

Mas a empresa de biotecnologia americana está trabalhando em duas versões modificadas de sua vacina, específicas para as variantes, e diz que os resultados em testes com camundongos são “encorajadores” (embora ainda não tenho sido revisados por pares).

“Novos dados pré-clínicos sobre nossas vacinas candidatas específicas para variantes nos dão confiança em nossa capacidade de antecipar o surgimento de novas variantes”, comemorou a chefe da Moderna, Stephane Bancel.

Em fevereiro, a empresa já havia anunciado que a vacina contra a variante sul-africana do coronavírus estava pronta para testes em humanos.

A vacina mRNA 1273 produzida pela Moderna usa a tecnologia chamada de RNA mensageiro, diferente das tradicionaisO imunizante precisa ser armazenado em baixas temperaturas, inferiores a -20ºC .

A farmacêutica está conduzindo ensaios clínicos para o uso da vacina em crianças. Os testes com adolescentes de 12 a 17 anos têm cerca de 3 mil participantes nos EUA, e os com com crianças de 6 meses a 11 anos continua a recrutar 6.750 participantes nos EUA e na China.

Entrega de doses

A Moderna diz que entregou 132 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19 em todo o mundo, sendo que 117 milhões foram destinadas aos Estados Unidos.

A empresa também disse que está a caminho de fornecer mais 100 milhões de doses aos americanos até o fim de maio e mais 100 milhões até o fim de junho.

Vacina de RNA

As vacinas de RNA mensageiro levam para o nosso organismo uma cópia de parte do código genético do vírus. É uma espécie de mensagem, uma receita para que nosso corpo produza uma proteína do vírus, e a presença dessa proteína desencadeia a produção de anticorpos.

Ganha-se um tempo que pode ser decisivo nessa luta de vida e morte. Se a pessoa vacinada for infectada, terá um exército de anticorpos prontos para neutralizar o corona, impedindo a sua multiplicação.

Fonte: G1

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