Combatendo as rebeliões?

Na reunião desta terça-feira (17), em Brasília, o ministro Alexandre de Moraes prometeu mundos e fundos aos secretários de Segurança estaduais: dinheiro, núcleos de inteligência, equipe de governança, mudanças legislativas, atuação integrada.

Eis o pacote de bondades que chega com razoável atraso:

– Repasse imediato aos estados de R$ 295,4 milhões, sendo R$ 147,6 milhões para a aquisição de bloqueadores de celular, R$ 70,5 milhões para scanners e R$ 77,5 milhões para tornozeleiras.

– Imediata instalação dos 27 Núcleos de Inteligência Policial (NIPO) nos estados e no Distrito Federal, previstos no Plano Nacional de Segurança.

– Atuação integrada para a abertura de novas vagas em presídios em modelos de alas e prédios modulares.

– Preparação de alteração legislativa (Proposta de Emenda Constitucional ou Projeto de Lei) para o estabelecimento de fonte de financiamento para a Segurança Pública.

– Moção de apoio dos colegiados de secretários de segurança pública e de administração penitenciária ao Plano Nacional de Segurança.

– Constituição de equipe de governança conjunta com a participação de cinco secretários de Segurança Pública e cinco secretários de Administração Penitenciária, um de cada região do país.

Vem aí CPMF para a segurança?

Segundo a Folha, a fórmula proposta pelos secretários de segurança para garantir dinheiro ininterrupto para a área é a vinculação orçamentária.

Significa, na prática, obrigar por lei que uma certa parcela dos recursos públicos seja carimbada para a segurança, assim como já é feito com a saúde e a educação.

Só se esqueceram de uma coisa: a famosa Desvinculação de Receitas da União (DRU), o jogo de corpo que o governo e os próprios parlamentares dão na lei, todo ano, para redistribuir o dinheiro a seu bel-prazer.

Forças armadas vão atuar em presídios

Alexandre Parola, porta-voz do Palácio do Planalto, acaba de informar que as Forças Armadas vão atuar em presídios.

Os militares farão revistas em penitenciárias de estados que pedirem apoio. A intenção é vasculhar as celas para encontrar armas, celulares e drogas.

“A crise ganhou contornos nacionais e exige ação do governo federal”, destacou Parola.

Rebelião em Presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte (Foto: Johannes Myburgh / AFP)

 

Fonte: O Antagonista ||

COMPATILHAR: