O transporte escolar de alunos da zona rural, na cidade de Formiga, não atende adequadamente aos alunos. Quem está cursando o primeiro período do ensino médio em escolas estaduais é obrigado a perder diariamente a 6ª aula, para não ficar sem transporte no retorno para casa.
Nesta semana, chegou à redação do jornal a denúncia desta estranha prática e foi constatado o absurdo. Em contato com a responsável pela gestão do transporte de escolares na cidade, Rose Matrangolo explicou sobre uma portaria do Estado de Minas, estimulando a adoção desta medida. É o Estado de Minas, não só permitindo, mas até incentivando, que nosso alunado cabule aulas.
Na Escola Estadual Rodolfo Almeida, como exemplo, foi detectado o caso de três alunas que, residindo na comunidade de Santa Luzia (Pouso Alegre), desde o início do ano letivo, são obrigadas a perder a 6ª aula diariamente, o que, segundo elas próprias, tem lhes trazido transtornos e dificuldades para acompanharem o restante da turma, em especial nas matérias que por imposição do horário escolar têm suas aulas ministradas após as 11h30.
Pais e responsáveis indignados perguntam se a adoção desta estranha medida, que é posta em prática com o aval do governo mineiro, também faz parte do tal ?choque de gestão? que, neste caso, mais se assemelha a um eletrochoque.
O mesmo ocorre com alunos das demais escolas estaduais do município.
Tornada pública esta denúncia, questiona-se os diretores, inspetores e demais profissionais da educação que, tendo conhecimento deste absurdo, sequer exigiram do próprio Estado uma solução para o grave problema.
O que se espera é que o Ministério Público, como de praxe e é de seu dever, interfira de imediato na busca de solução em favor de nossa juventude.

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