Um novo golpe que está sendo praticado junta o conhecimento de dados pessoais, que os golpistas já têm, com a identificação biométrica. 

De acordo com informações do portal G1, um exemplo foi de Aline, de São Paulo, que se surpreendeu com uma mensagem de WhatsApp de uma suposta floricultura comunicando que alguém tinha enviado a ela um presente. A entrega precisava ser em mãos. Ao encontrar o entregador, ela recebeu uma caixa de papel bem simples, com dois cremes. O homem disse que precisava de uma “selfie de confirmação” e, apressado, tirou a foto e saiu. Minutos depois, ela recebeu a ligação do banco: um analista de crédito confirmando o financiamento de veículo no valor de 90 mil reais. Ali, Aline percebeu que havia caído num golpe. 

Não basta uma foto antiga da pessoa, porque o aplicativo exige que a imagem seja registrada com a câmera do celular. Isso, em tese, adiciona uma camada de proteção ao processo. O Diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Adriano Volpini, diz que a identificação biométrica é tendência para autenticar identidades.

A identificação biométrica é tendência no Brasil e no mundo, não só no sistema financeiro, mas para diversos tipos de operações. Sabendo que há um risco nessa operação, os bancos investiram em ter uma forma de autenticar, de saber de que fato quem está usando os dados é o próprio cliente. Então, uma vez que foi iniciada essa operação de crédito, o cliente recebe um link, onde ele vai capturar sua foto e imagem do documento.

O falso entregador, portanto, está conectado no aplicativo do banco no momento em que pede a “foto de confirmação” à vítima que está recebendo o presente ou brinde. Por isso, os golpistas inclusive cobrem a tela do celular com fita adesiva, para que a pessoa não perceba que a foto está sendo tirada num aplicativo de banco, numa solicitação de financiamento.

Em outro caso, o pedido de financiamento de veículo era no valor de R$ 100 mil.

Sobre os outros dados necessários para o cadastro, Volpini esclarece que essas informações provavelmente já constavam em bases de dados que foram vazadas e estão à venda por outros estelionatários.

Lembrando que para as tentativas de financiamento, os bancos não autorizaram os procedimentos. Mas os mesmos golpistas já aplicaram esta fraude em São Paulo, em Volta Redonda, estado do Rio, e Joinville, Santa Catarina. No Paraná, a polícia investigou esse tipo de golpe e prendeu três pessoas, e diz que há registro dessa falcatrua em todos os estados brasileiros.

Para se proteger deste golpe, aqui está o que você pode fazer:

  • Desconfie se estiver recebendo qualquer brinde, oferta, presentes que precise ser entregue em mãos.
  • Desconfie ainda mais da justificativa de que é necessária uma foto para comprovar o recebimento do brinde.
  • Se qualquer entrega tiver essas exigências, recuse, porque estarão tentando capturar suas informações e foto para utilização em operações fraudulentas.

Fonte: G1

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