A Polícia Civil de Minas Gerais recolhe, na manhã desta sexta-feira (29), computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos pertencentes à empresa de cuidadores de idosos que vetou mulheres ‘negras ou gordas’ em um anúncio de emprego. De acordo com o jornal O Tempo, além da sede da unidade – que fica no centro de Belo Horizonte – outros dois endereços, nos bairros Aarão Reis e Santa Efigênia, são alvo dos mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. 

“Nós começamos a ação no início da manhã, mas esperamos as clínicas abrirem. Estamos recolhendo computadores, celulares, quaisquer equipamentos eletrônicos que possam guardar informações relativas à prática de injúria racial”, explica Rodrigo Bustamante, delegado geral da Polícia Civil. 

Investigação

Um inquérito para apurar o caso de injúria racial foi instaurado ainda no começo de novembro, logo que uma cuidadora denunciou o teor injurioso (racial e gordofóbico) de uma oferta de emprego por ela recebida. Entre as exigências, a empresa contratante pedia que as cuidadoras candidatas à vaga não fossem “negras ou gordas”. O crime gerou repercussão e notas de repúdio de associações de cuidadora circularam nas redes sociais. 

A mensagem teria chegado à cuidadora denunciante através de uma psicóloga. Esta contou à reportagem na época que havia recebido o anúncio de emprego da responsável pelos recursos humanos de uma conhecida agência de cuidadores de Belo Horizonte. Ela, então, teria repassado a vaga a outros profissionais, sem antes se atentar às exigências. 

Quando o caso estourou, a empresa de onde o anúncio teria saído explicou que a oferta de emprego havia sido enviada por uma de suas lojas franqueadas, de forma independente. Esta, por sua vez, garantiu que não coaduna com o teor do anúncio e que apuraria a conduta de seus profissionais. 

 

Fonte: O Tempo ||
COMPATILHAR: