O empresário e morador do bairro Lajinha, Antônio Borges Rezende, fez uso da ?Tribuna do Povo?, no Legislativo, e discorreu sobre vários assuntos, dentre estes, sobre seu trabalho durante a campanha eleitoral do prefeito Moacir Ribeiro.
Após reclamar da situação precária das ruas no bairro em que reside (Lajinha) e da falta de atendimento à saúde no local, Antônio Borges revelou que em razão de seu trabalho em favor do candidato Moacir, se eleito, este lhe doaria um terreno municipal para a instalação de empresa de sua propriedade, mas que, até aquele momento, isto não teria ocorrido. Por esta razão, estava ali, cobrando.
?Estou aqui para reivindicar os meus direitos. Eu tenho uma fábrica de blocos e tenho que levá-la para fora da cidade. Na Prefeitura, um joga para o outro, igual dança de forró. Aqui (Câmara) é o local que temos para nos defender. Não tenho medo de represálias, pois não tenho ?rabo preso? com ninguém?.
O empresário disse ainda que apenas algumas pessoas, privilegiadas, estão recebendo lotes. ?Já para outros não podem doar. Eu trabalhei na campanha eleitoral do prefeito, ele me prometeu um cargo lá dentro, disse que eu seria chefe de Obras e nada. Na época, trabalhei pra ele, votei nele e carreguei gente pra baixo e pra cima. Amizade é uma coisa e negócio é outra. Ele brincou com os meus sentimentos. Quando fizeram a ?diretoria?, foi o Marco Sallum que não deixou ele me contratar. Contrataram gente deles, mas também não preciso disso. A única coisa que eu quero é um terreno para montar a minha firma?.
O empresário falou ainda que esteve na Prefeitura pra tratar do assunto (doação de lote) e ouviu um secretário dizer que o governo deveria cassar dois vereadores, que serão candidatos a deputado, deixando no ar os nomes dos ?escolhidos?. Questionado por Mauro César, ele respondeu que foi o atual diretor do Saae, Rafael Tomé o autor da afirmativa e que os dois vereadores seriam ele [Mauro César e Arnaldo Gontijo]. ?Ele disse que estes dois vereadores eram ladrões e que tinha uma ladroagem aqui dentro [da Câmara]?.
Em outro questionamento do vereador, sobre quem teria se beneficiado com doações de lotes públicos, neste governo, o empresário afirmou: ?Um dos beneficiados é o irmão do genro do prefeito, Daninho. Está faltando fiscalização e ele já está até construindo no local?.
Afirmando que se houver represálias contra ele, colocará a boca no trombone. Antes de concluída sua fala e respondidas algumas perguntas a ele dirigidas, o empresário ouviu de Josino Bernardes e do líder Zezinho Gaiola, que eles intermediarão seu pedido, que acham justo, junto ao prefeito.

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