Quatro anos após um empresário de 65 anos ter sido morto a tiros por conta de uma dívida de cerca de R$ 20 milhões em Uberlândia, a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou duas pessoas pelo crime. O mandante, um homem de 73 anos, nem sequer pôde ser preso, já que morreu de infarto no mês de setembro.

A vítima, conforme a polícia, era dona de um escritório que comprava dívidas de empresas em falência e realizava a cobrança intimidando os devedores.

O mandante, por sua vez, era um dos devedores. Ele teria matado o empresário para negociar com o sócio dele um valor menor para quitar a dívida. Após o assassinato, ele ofereceu a esse sócio R$ 400 mil como pagamento, mas o cartório desconfiou da situação, e a negociação não foi feita.

Execução
A vítima foi morta em 2017, no próprio carro, após ter sido perseguida. Três homens foram contratados para ajudar a planejar o crime e contratar os executores, sendo que dois foram indiciados.

Um desses homens é policial civil. O outro é um criminoso com larga ficha criminal. O terceiro, um policial militar, foi morto durante as investigações. Já sobre os executores, o que se sabe até agora é que são de Goiás.

Antes de os homens contratados aceitarem matar a vítima, outros dois foram procurados para cometer o crime. No entanto, eles teriam se negado por considerarem pouco o pagamento pelo assassinato – R$ 50 mil. A dupla, conforme informações da Polícia Civil, é de Uberlândia e denunciou a trama. 

“Em função da complexidade da investigação, por envolver indivíduos com alto poder aquisitivo da cidade e agentes públicos na execução desse delito, houve o deslocamento da competência de apuração para a sede do DHPP em Belo Horizonte, que assumiu as investigações em 2020”, disse a chefe do Departamento, Letícia Gamboge.

Ainda de acordo com Letícia, os policiais à frente das investigações tiveram que se deslocar por várias cidades de Minas Gerais, São Paulo e Goiás para a devida apuração de todos os fatos.

Fonte: Polícia Civil

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