Muito se fala que, para ter um envelhecimento saudável e vida mais longa, deve-se evitar comportamentos de risco, como: manter o peso baixo, não fumar e reduzir o álcool. E uma pesquisa da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan demonstrou isso.

A pesquisa mostrou que pessoas com 50 anos de peso “normal” que nunca fumaram e bebem moderadamente têm uma expectativa de vida sete anos mais longa do que a média norte-americana. Elas também podem atrasar as deficiências do organismo em até seis anos. A expectativa de vida nos Estados Unidos é de aproximadamente 78 anos para homens e 82 para mulheres, mas para o grupo de baixo risco essas idades mudam para 85 e 89, respectivamente.

A pesquisa foi publicada na revista Health Affairs. Enquanto outras pesquisas concentraram-se no impacto de cada fator na expectativa de vida, esta é a primeira a mostrar o efeito dos três fatores combinados.

Para o pesquisador é preciso que as autoridades de saúde promovam campanhas para convencer as pessoas a melhorarem esses comportamentos, não só para terem uma vida mais longa, bem como para terem uma vida longa e saudável. Haja vista que 80% dos norte- americanos em seus 50 anos fumaram ou foram obesos. E, mesmo porque, em uma perspectiva social, cuidar de indivíduos com deficiência é muito caro.

Os pesquisadores definiram como categoria de baixo risco composta por pessoas que nunca fumaram, que bebem moderadamente (no máximo, 14 bebidas semanais para homens e 7 para mulheres) e apresentaram um índice de massa corporal menor que a classificação para obesos, ou seja, aqueles considerados no peso ideal ou um pouco acima do peso, apresentando um índice de massa corporal entre 18,5 e 29,9.

A pesquisa usou dados do Estudo de Saúde e Aposentadoria dos Americanos de 50 anos ou mais, da Universidade de Michigan, que teve início em 1992. A amostra de 1998 incluiu quase 15.000 entrevistados com idades entre 50 e 74 anos.

Um fato observado, que reforça que se deva parar com os abusos em qualquer idade é que quando as pessoas mudam os maus hábitos, passam a ter uma expectativa de vida quase igual ao grupo de baixo risco, vivendo um ano a menos apenas que as que não eram obesas, que nunca fumaram e bebiam moderadamente.

Em outros quatro estudos liderados por pesquisadores da Universidade de Michigan, descobriu-se que a saúde de um casal pode ser determinada pelas percepções do seu próprio envelhecimento. Casais que tendem a ver o envelhecimento negativamente tendem a se tornar menos saudáveis e menos ativos do que casais que veem o envelhecimento positivamente. Além disso, as limitações dos maridos decorrentes de doenças afetam negativamente a saúde das suas esposas devido ao aumento da carga de cuidados.

E quanto mais negativamente uma pessoa vê seu envelhecimento, maior a chance dela atrasar a busca por cuidados com a saúde e encontrar barreiras para procurar esses cuidados. As pessoas que experimentam a discriminação etária se sentem menos positivas sobre o seu próprio envelhecimento. Os cientistas iluminaram o caminho, que autoridades e profissionais aproveitem!

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