Além de seu uso mais comum, tempero para salada, o azeite é uma alternativa saudável e saborosa na preparação e conservação dos alimentos. Há pesquisas que estudam desde suas propriedades medicinais, como no combate ao câncer de mama, até as melhores maneiras de armazená-lo.
O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Elifas Nunes, desenvolve projeto de pesquisa sobre plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Ele aponta resultados que comprovam os benefícios do azeite para o organismo. Os estudos indicam que o óleo atua no bom funcionamento do sistema digestivo, no controle da pressão arterial e no auxílio na absorção de cálcio, podendo ser usado no combate à osteoporose.
O azeite contém antioxidantes que retardam o envelhecimento. Elimina os radicais livres que promovem uma série de doenças e inibe a formação de trombos nos vasos sanguíneos pela oxidação do colesterol ruim LDL e VLDL, que quando oxidados ficam aderidos às paredes dos vasos sanguíneos, formando os bloqueios para a passagem do sangue?.
Duas colheres diárias de azeite extravirgem seria a dosagem ideal para alcançar todos os efeitos positivos, além de prevenir o aumento de gordura. ?O consumo diário de duas colheres é recomendado pela literatura para evitar o efeito de acumulação de gorduras no abdômen?, aponta.
De acordo com a legislação brasileira (Resolução Anvisa/RDC nº482/99), o azeite de oliva é definido como sendo o óleo comestível obtido diretamente do fruto da Olea Europaea (oliveira) por meio de processos tecnológicos adequados. A resolução diz que a acidez do azeite extravirgem deve ser de até 1,0 g / 100 g. Segundo o pesquisador da Epamig, Adelson de Oliveira, o consumidor deve verificar no rótulo do produto o percentual de acidez e condições nutricionais, como quantidade de gorduras monoinsaturadas, que fazem bem à saúde, antes de comprar. ?Quanto mais baixa a acidez, melhor a qualidade do azeite?, afirma.
O Brasil consome menor quantidade de azeite se comparado a países europeus, como Espanha e Itália, que têm o consumo per capita de 12 quilos de azeite por ano, e Grécia, de 26 quilos. Aqui, cada brasileiro consome, em média, 200 ml ao ano. E todos de fabricação no exterior.
A melhor forma de administrar o azeite é na forma natural, ou seja, sem aquecimento prévio, preservando todas as características originais e nutricionais do produto. É ideal para temperar saladas e vegetais, pois facilita a absorção da vitamina A contida nos legumes e verduras.

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