O Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), da Rede Fhemig, constatou 155 casos de catapora no primeiro semestre de 2009, dando um total de 738 durante todo o ano. Já nos seis primeiros meses deste ano, foram 178 casos de catapora. Até o dia 28 de julho, foram diagnosticados mais 66 casos da doença. Esse aumento ocorre no período entre julho e outubro, quando o tempo fica mais seco e facilita a propagação do vírus.
A infectologista do HIJPII, Andréa Lucchesi Carvalho, explica que os cuidados com as crianças são simples. Ao identificar os sintomas, os pais devem levar a criança a um médico para que se tenha o diagnóstico confirmado da doença. Um dos cuidados é manter as unhas da criança sempre cortadas, para não haver a infecção das vesículas. Além disso, é importante a limpeza de todo corpo. ?Alguns pais têm receio de lavar a cabeça da criança quando há um quadro febril. Não existe nenhum risco neste procedimento e, no caso da catapora, é fundamental a higienização, principalmente da cabeça e do tronco? , explica Andréa Lucchesi.
Por ser uma doença altamente contagiosa, é preciso seguir algumas orientações quando o diagnóstico da doença é confirmado. ?É essencial que os pais mantenham as crianças isoladas para evitar o contágio, principalmente de pessoas que podem ter manifestações mais graves, como pacientes transplantados, pessoas com câncer, infectadas pelo HIV ou em uso de drogas imunossupresoras. No caso de gestantes, o risco também é maior, podendo passar para o bebê? , enfatiza a infectologista. Segundo ela, a vacina é a melhor forma de prevenção da doença, ?mesmo ainda não fazendo parte do Programa Nacional de Imunização? , afirma a médica.

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