A crise econômica mundial não pegou apenas as empresas de surpresa. Muitos consumidores que comprometeram uma parcela do orçamento pessoal muito maior do que a recomendável com endividamentos acabaram tendo que se ver obrigados a frear o consumo. Para quem ainda está no vermelho, quer se ver livre das dívidas e ainda deseja juntar dinheiro ao final do mês para investir, especialistas afirmam que a única forma é fazer um planejamento sério das próprias finanças.
?Há um estímulo muito grande para o consumo, mas as pessoas não foram educadas para se planejar?, lembra o diretor-geral das Faculdades Ibmec-MG, Paulo Henrique Cotta Pacheco. Especialistas lembram que, mesmo em tempos de calmaria, o ideal é que gastemos menos do que consumimos e que invistamos o restante. Afinal, crises vêm e vão e podem pegar qualquer um de surpresa.
O primeiro passo é colocar no papel todas as despesas do mês, sem exceção, como contas de água, luz, telefone, consumo com alimentos, gastos com lazer, entre outras, além das dívidas. Depois, faz-se uma comparação com a renda mensal. ?É preciso cortar onde é possível cortar, como reduzir os gastos com energia elétrica, telefone e lazer. O ideal é consumir menos do que se ganha?, explica Paulo Pacheco.
As primeiras dívidas a serem abatidas são as mais caras, ou seja, o cartão de crédito e o cheque especial, que corroem a renda com juros altos. Para as dívidas contraídas junto a instituições financeiras, o diretor-geral do Ibmec recomenda que o consumidor tente reduzir os juros, negociando com os bancos ou trocando as dívidas mais cara por uma mais barata. Tudo com o máximo de planejamento.
Passado o sufoco e o com as contas em ordem, é hora de investir o que sobra. A primeira opção é a poupança, o investimento mais seguro. Se a ideia é um prazo maior (entre 10 e 15 anos), a melhor opção são títulos do Tesouro. ?Mas depende do perfil do investidor. É preciso estudar o mercado?, lembra o diretor-geral do Ibmec.

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