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A jovem formiguense Maria Eduarda Cambraia está cursando jornalismo na Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP) e, juntamente com algumas colegas, produziu uma reportagem sobre o coronavírus (Covid-19) e como estão sendo tomadas as medidas de prevenção à doença na cidade de Formiga.

Com a quarentena, as aulas presenciais foram suspensas e a jovem estudante voltou para a casa dos pais em Formiga, o que possibilitou o desenvolvimento do projeto que faz parte do “Planeta ESPM”, uma atividade do curso de jornalismo, desenvolvida pelos alunos do 3º período da disciplina Produção de TV, que tem como responsável a professora Egle Spinelli.

Além de Maria Eduarda, o trabalho contou com a participação das estudantes Iasmin Paiva, Lorena Pomarico e Sophia Olegário.

Os alunos produziram as entrevistas de casa e fizeram reportagens nas ruas, tomando os cuidados necessários para se protegerem do coronavírus.

Neste episódio do Planeta ESPM em Quarentena, Maria Eduarda mostrou a flexibilização do isolamento e a reabertura do comércio em Formiga.

De início, para saber como o vírus se propaga, a estudante conversou com o médico infectologista Fernando Romero, que reside na Bahia. Ele é formado em medicina pela Universidade de São Paulo e possui residência médica pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Na produção da reportagem, a equipe também ouviu o secretário de Saúde de Formiga, Leandro Pimentel, o presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócios e da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Formiga (Acif/CDL), Luciano Silva e uma bancária da cidade.

 “A ideia inicial não era falar sobre Formiga, mas em uma chamada de vídeo, quando eu falei para minhas amigas como que estava Formiga, elas se assustaram com a situação, porque até então São Paulo ainda estava de quarentena. Contei sobre o movimento nas ruas do município para a professora e ela achou que seria um bom tema a ser desenvolvido”. 

Maria Eduarda contou que queria ir para rua e mostrar o que está acontecendo na cidade. “Tomei todos os cuidados necessários para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Fiquei bem feliz com o resultado. Foi muito satisfatório ir para a rua, ouvir histórias e contar essas histórias para o mundo”.

“Resolvi conversar com o pároco padre Marcelo porque me intrigava muito ver o prefeito decretando a reabertura das atividades religiosas e as Igrejas Católicas não aderindo ao decreto, então decidi ir atrás e descobrir o motivo disso. Queríamos falar sobre cidades do interior que relaxaram essas medidas há meses e era o caso de Formiga”, explicou a estudante.

O grupo finalizou a gravação na quinta-feira (11), com isso o número de infectados da produção jornalística está bem mais baixo do que o informado pelo boletim atual. “A gente sabia que iria dar essa diferença, mas não imaginávamos que seria 20 casos a mais, foi um aumento muito grande em um final de semana”, explicou a estudante.

“Desde pequena eu fui encantada pelo telejornalismo e assim que entrei na faculdade de jornalismo eu soube que eu queria trabalhar na área de audiovisual. Então eu estava esperando, ansiosamente, pelo terceiro semestre para que eu pudesse ter a matéria de TV. Eu queria muito apresentar o Planeta ESPM no estúdio, com câmera profissional, TP, switch e tudo mais, mas infelizmente com o coronavírus isso não foi possível. Porém o novo formato do programa me surpreendeu muito e foi uma experiência enriquecedora. Eu aprendi coisas que eu não aprenderia se eu estivesse tendo a matéria presencial e tive a oportunidade de falar sobre a minha cidade, coisa que eu nunca imaginei fazendo estudando em São Paulo. Foi incrível mesmo. O resultado final ficou melhor do que eu imaginava e ver as pessoas felizes e informadas com o conteúdo me deixa extremamente satisfeita, é desse jeito que eu sei que estou fazendo a faculdade certa”, completou Maria Eduarda.

As estudantes Lorena Pomarico, Sophia Olegário, Iasmin Paiva e Duda Cambraia (foto: divulgação)
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