O corpo do ex-ministro da Cultura e ex-governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira, foi enterrado no final da tarde deste sábado (20), em Conceição do Mato Dentro, cidade natal de Oliveira, que fica no interior de Minas.
Oliveira foi velado durante a manhã no Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas Gerais. O governador de Minas, Aécio Neves, compareceu ao velório. Ele decretou luto oficial de três dias no estado.
?Poucos homens públicos tiveram uma identificação tão forte com o seu estado, com a sua origem quanto José Aparecido. Onde ele estava, exalava Minas, as suas virtudes, seus valores, a sua cultura, sua história. A homenagem que estamos fazendo hoje a José Aparecido, velando seu corpo no Palácio da Liberdade, é a síntese do que ele foi, da sua história?, disse Aécio.
Além do governador mineiro, compareceram ao velório, segundo a assessoria de imprensa do governo de Minas, o ex-presidente da República Itamar Franco, os governadores de São Paulo, José Serra, e do Distrito Federal, José Roberto Arruda; os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e da Articulação Política, Walfrido dos Mares Guia; os prefeitos de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e de São Paulo, Gilberto Kassab; e o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Morte
O ex-ministro, de 78 anos, morreu às 18h de sexta-feira (19), na UTI do hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte.
Segundo o hospital, a causa da morte foi insuficiência respiratória. Oliveira estava internado desde o dia 1º de outubro, quando passou por uma cirurgia para a retirada do pulmão esquerdo, atingido por um câncer. O estado dele se agravou com uma infecção e pneumonia.
Carreira política
José Aparecido de Oliveira foi secretário particular do ex-presidente Jânio Quadros e deputado federal pela União Democrática Nacional (UDN) em 1962. Em 1964, acabou tendo o mandato cassado após o golpe militar. Voltou à Câmara dos Deputados em 1982.
Foi governador do Distrito Federal de 1985 a 1988, ministro da Cultura entre setembro de 1988 e março de 1990 no governo de José Sarney e embaixador em Portugal no governo do presidente Itamar Franco.
Seu último cargo político foi como assessor especial de Relações Internacionais na gestão de Itamar Franco no governo de Minas Gerais. Antes de adoecer, presidia a Fundação Oscar Niemeyer.
O ex-ministro deixa mulher, Maria Leonor Gonçalves, uma filha, Maria Cecília, e um filho, o deputado federal José Fernando Aparecido de Oliveira (PV-MG).

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