Oito mandados de prisão preventiva e sequestro de bens são cumpridos em Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira (18) em uma operação do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil de Minas Gerais. Entre os envolvidos, estão o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, vereador Wellington Magalhães, a mulher dele, Kelly Magalhães, e o jornalista Márcio Fagundes, ex-superintendente de comunicação da Casa.

A operação denominada ‘Sordidum Publicae’ (Política Suja, em latim), da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais, atinge também outras cinco pessoas e é um desdobramento da operação ‘Santo de Casa’. Os suspeitos estariam envolvidos em crimes como peculato, fraude em licitação pública, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, embaraço a investigações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 118 anos.

Vereador Wellington Magalhães PSDC (Foto: Divulgação)

Wellington Magalhães foi identificado como o líder da organização criminosa, que direcionou a licitação para contratação de serviços de publicidade para a Câmara, em favor da empresa MC. COM, causando prejuízo de mais de R$30 milhões aos cofres públicos municipais.

O suposto líder da organização criminosa e sua esposa foram denunciados pela prática do crime de lavagem de dinheiro, adquirindo bens móveis e imóveis de alto luxo, incluindo suntuosa mansão na orla da Lagoa da Pampulha, casas de alto nível de acabamento em condomínio de luxo na Região Metropolitana de BH, veículos importados de alto luxo, além de viagens internacionais, patrimônio este adquirido com o produto dos crimes antecedentes relacionados nas denúncias.

Todos os bens e serviços, totalizando mais de R$4 milhões, teriam sido adquiridos durante seu mandato de vereador e presidente da Câmara de Vereadores de BH, em absoluta desproporção com a única fonte de renda do acusado, constituída pelo subsídio de vereador.

Também há um mandado para os empresários Marcus Vinicius Ribeiro, Rodrigo Dutra de Oliveira, Christiane de Castro Melo Cabral Ribeiro, Frederico Ribeiro Guedes, Paulo Victor Damasceno Ribeiro.

De acordo com o Ministério Público, a prisão preventiva dos acusados foi requerida tendo em vista os robustos indícios de autoria e materialidade criminosa, bem como porque a liberdade dos denunciados oferece grave risco para a ordem pública.

 

 

Fonte: Hoje em Dia ||

COMPATILHAR: