Mesmo com o câmbio em baixa, as exportações mineiras somaram US$ 31,17 bilhões – crescimento recorde de 60% em 2010, quase o dobro do incremento nacional, de 32%. O aumento ocorreu após queda de 20% de 2008 para 2009. As importações somaram US$ 9,96 bilhões, menos do que o recorde anterior de 2008, de US$ 10,48 bilhões. O saldo da balança comercial mineira, de US$ 21,2 bilhões, também foi superior ao do Brasil, que ficou em US$ 20,27 bilhões.
Para o diretor da Central Exportaminas, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Jorge Duarte Oliveira, há oito anos, o histórico de Minas é de um crescimento acima da média nacional, o que explica o fato de o Estado ter respondido por 10,4% das exportações brasileiras em 2003, enquanto em 2010 essa participação pulou para 15,5%. Caso as exportações mineiras cresçam neste ano, pelo menos ao mesmo ritmo da expansão de 13% prevista para o Brasil, o valor das vendas externas do Estado deverá superar os US$ 35 bilhões em 2011, destacou.
Segundo ele, os ótimos números do comércio exterior de Minas devem ser creditados às commodities. Mais uma vez, o carro-chefe das exportações foi o minério de ferro. Além do aumento de 27,2% do volume nacional embarcado, o preço do minério cresceu 142%, impulsionado pela forte demanda internacional, especialmente da China.
O diretor da Central Exportaminas lembrou ainda a importância da contribuição de outras commodities, não só para a pauta de exportações de Minas Gerais, mas, de todo o país. Segundo ele, o embarque de café no Brasil cresceu 22% e o preço médio do grão teve alta de cerca de 38% no mercado internacional.

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