?E por falar em saudade, onde anda você??, essa frase de Vinícius de Moraes é a melhor frase para descrever a falta que ele faz a todos os seus fãs.
Amante das mulheres e de borboletas, os principais temas de suas obras são romance e literatura infantil.
O Poetinha, como era conhecido completaria cem anos no dia 19, por isso foi tema da Semana do Livro e da Biblioteca. Realizado nesta semana, o evento homenageou o autor nas três bibliotecas públicas da cidade, Osório Garcia, no Ouro Negro, Donateli Gandra da Fonseca, no Quinzinho, e Dr. Sócrates Bezerra de Menezes, no Centro. A obra do autor é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, Vinícius teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
Na Biblioteca Dr. Sócrates Bezerra de Menezes foram expostos além das obras do autor, sua biografia e um filme feito pelos funcionários da biblioteca, relatando a vida de Vinícius.
De acordo com a nova coordenadora da biblioteca, Marli Lopes, a exposição fez muito sucesso. ?Os fãs de Vinícius adoraram a exposição, alguns até ofereceram vinis para colocarmos juntos. Vinícius é um autor muito adorado?, informou Marli.
Vinícius de Moraes
Vinicius de Moraes nasceu em 1913, no Rio de Janeiro, estudou no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, onde passou a cantar no coral e começou a montar pequenas peças de teatro. No colégio, tornou-se amigo dos irmãos Haroldo e Paulo Tapajós, com quem começou a fazer suas primeiras composições e a se apresentar em festas de amigos. Em 1929, concluiu o ginásio e no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito do Catete, hoje Faculdade Nacional de Direito (UFRJ). Na chamada ?Faculdade do Catete?, conheceu e tornou-se amigo do romancista Otavio Faria, que o incentivou na vocação literária. Vinícius de Moraes graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.
Vinicius começou a se tornar prestigiado com sua peça de teatro ?Orfeu da Conceição?, em 25 de setembro de 1956. Além da diplomacia, do teatro e dos livros, sua carreira musical começou a deslanchar em meados da década de 1950 – época em que conheceu Tom Jobim (um de seus grandes parceiros) -, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Na década seguinte, Vinícius de Moraes viveu um período áureo na MPB, no qual foram gravadas cerca de 60 composições de sua autoria. Foram firmadas parcerias com compositores como Baden Powell, Carlos Lyra e Francis Hime.
Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinícius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.
Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, o violonista Toquinho, Vinícius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso.
Confira algumas frases famosas de Vinicius de Moraes
– A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve, mas tem a vida breve.
– O amor é querer estar perto, se longe; e mais perto, se perto.
– Críticos são sujeitos que têm mau hálito no pensamento.
– Que o amor não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.
– A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
– Nada é melhor para a saúde que um amor correspondido.
– Existem umas feias potáveis. Mas a maioria só serve mesmo para fazer sabão.
– Nádegas é importantíssimo. Grave, porém, é o problema das saboneteiras. Uma mulher sem saboneteiras é como um rio sem pontes.
– Não fazemos amigos, reconhecemo-os.
– O uísque é o melhor amigo do homem. É o cachorro engarrafado.
