O primeiro tempo começou bastante movimentado e com boas oportunidades de ambas as equipes abrirem o placar. Os dois times jogavam nos contra-ataques, mas não conseguiam converter os gols.
Aos 45 minutos do primeiro tempo, o árbitro conhecido como Tolentino assinalou pênalti contra o Formiga. Edilberto foi para a cobrança e fez 1 x 0 para a URT. O detalhe é que pouco antes houve um lance praticamente idêntico a favor do FEC. Ceará foi derrubado na pequena área, mas, ao invés de marcar a penalidade, o árbitro aplicou-lhe um cartão amarelo, alegando que ele simulou o pênalti, usando a máxima ?dois pesos duas medidas?.
Logo que a URT fez o gol, o juiz encerrou o primeiro tempo da partida. Os jogadores do FEC foram até o árbitro para questioná-lo sobre a marcação. A Polícia Militar adentrou o campo para escoltar a arbitragem e um dos policiais acabou agredindo um jogador do Formiga, pois deu um empurrão no lateral Râner, que caiu no gramado.
Jogadores e comissão técnica foram para o vestiário. Outro policial foi até lá e mandou chamar o auxiliar técnico, Fred Encalado, e o preparador físico, Adolfo Valenzi, alegando que os jogadores da URT reclamaram que eles estariam jogando moedas neles durante o jogo. Os membros da comissão técnica pediram para chamar os jogadores que fizeram a reclamação, o que não foi feito, e questionaram que havia inclusive um policial perto do banco de reservas do FEC, o qual poderia comprovar que eles não jogaram nada.
Segundo tempo
Na etapa complementar as duas equipes endureceram o jogo. O FEC foi para cima e, aos 26 minutos, o atacante Gil igualou o marcador após bela jogada, iniciada no meio de campo. Ele driblou a zaga da URT e bateu cruzado, sem chances para o goleiro. Mas a comemoração do FEC durou pouco. Aos 29 minutos, a URT saiu novamente na frente, após uma cobrança de escanteio. O FEC bem que tentou empatar. O técnico Brandão fez algumas mudanças na equipe. Pedrinho entrou no lugar de Râner, Fernando Roberto substituiu Rodriguinho e Bill deu lugar a Michel, mas ainda assim o FEC não conseguiu seu objetivo, tendo como principal obstáculo a arbitragem que continuou tendenciosa.
O FEC jogou com Giulliano, Ceará, Rones, Bill (Michel), George Râner (Pedrinho) Gil, Leo Caxeta, Rodriguinho (Fernando Roberto), Robson e Rodrigo Zeferino. Suplentes: Mateus, Fenix, Adonias e Beg. Técnico: Brandão.

Boicote
Na volta para o segundo tempo, o árbitro da partida impediu a permanência da assessoria de comunicação do FEC no gramado, para continuar a cobertura do jogo. O delegado da Federação Mineira de Futebol cobrou a carteira da Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE) que, apesar de constar no regulamento, nunca foi exigida em nenhum jogo do Módulo II nem deste ano nem dos outros. Diversos profissionais que faziam a cobertura do jogo confessaram que não tinham a carteira da AMCE e de nenhum deles foi cobrada a carteirinha e todos eles permaneceram no gramado o jogo todo.
No site da FMF, fala que ?a Federação Mineira de Futebol é a única entidade responsável pelo credenciamento da imprensa esportiva em campo, cabendo a Assessoria de Comunicação e Imprensa designar o funcionário para fazê-lo?, mas nunca foi designado funcionário da assessoria de imprensa da FMF para fazer o credenciamento nos jogos. O delegado alegou que foi feita uma denúncia, mas não acatou a denúncia feita pelo FEC de que os outros repórteres não teriam a carteira da AMCE e que de nenhum deles ela foi exigida. Novamente funcionou a máxima ?dois pesos duas medidas?.
A diretoria do FEC vai procurar orientações para saber como proceder e para que seja regularizado o credenciamento de imprensa igualitário para os próximos jogos.

COMPATILHAR: