Festival de História de Diamantina anuncia edição em Portugal

A programação vai contar com lançamentos de livros, mostras de cinemas com exibição de filmes do Brasil, Angola e Portugal, feira de livros, espetáculos musicais, além de 13 mesas de debates

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A programação vai contar com lançamentos de livros, mostras de cinemas com exibição de filmes do Brasil, Angola e Portugal, feira de livros, espetáculos musicais, além de 13 mesas de debates

O Festival de História de Diamantina (fHist) expande sua atuação em 2015 e ganha um braço internacional. Com o tema Diálogos oceânicos, a primeira etapa do evento vai ser do outro lado do Atlântico, em Braga, no Norte de Portugal, de 20 a 23 de maio. A Conferência Magna, cujo tema será Fazer história: Veias da integração dos países de língua portuguesa, terá a presença do ex-presidente português Mário Soares.

?Convidamos também o ex-presidente Lula para essa abertura. Enquanto Mário Soares teve uma participação ativa na comunidade dos países de língua portuguesa, Lula teve um olhar muito grande para a questão africana. Seria muito interessante os dois fazerem essa retrospectiva e essa perspectiva sobre os povos de língua portuguesa, da Ásia, África, América e Europa?, afirma o jornalista Américo Antunes, coordenador do fHist.

Antunes diz que a escolha de Braga para receber a primeira edição internacional do fHist se deve ao fato de a cidade pertencer à região que historicamente mais enviou lusitanos ao Brasil. ?Em Minas, a gente sente essa presença e essa influência bragarense muito fortes. O Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas, por exemplo, teria seu traçado inspirado no Santuário de Braga. O órgão e a pintura da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina, foram feitos por um português de Braga. Sem falar que as universidades do Porto, de Coimbra e do Minho têm centenas de brasileiros nelas estudando. A ideia é trazer esses estudantes para o fHist também?, diz o jornalista.

Com orçamento de R$ 2,2 milhões, a programação vai contar com lançamentos de livros, mostras de cinemas com exibição de filmes do Brasil, Angola e Portugal, feira de livros, espetáculos musicais, além de 13 mesas de debates, como uma traçando um paralelo biográfico entre o marquês de Pombal e Xica da Silva, que vai contar com o historiador britânico Kenneth Maxwell, especialista em história ibérica e no estudo das relações entre Brasil e Portugal no século 18, e a historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Júnia Furtado.

Entre os outros assuntos que serão discutidos estão: Da escravidão ao racismo; Os arquivos da terra e a escrita da história; Universos literários: a história pelas lentes dos historiadores e dos jornalistas; Sons e imagens: narrativas históricas em tempo de mídias móveis; Tempos de rupturas: a Revolução dos Cravos e o ocaso da ditadura brasileira; Conexões oceânicas: vez e vozes das culturas de periferia; e Barrocas matrizes: identidades urbanas, arquitetura, artes e legados.

Entre os participantes estão confirmados, da parte brasileira, Boris Fausto, Lília Schwartz, Jurema Machado, Heloísa Starling, José Murilo de Carvalho, Glória Kalil e Gringo Cardia; e da portuguesa, Maria Augusta Lima Cruz, José Carlos Venâncio, Pedro Portela, Manuela Martins, José Meireles, Ana Maria dos Santos Betthencourt, Alberto Manoel Teixeira de Sá, Nelson Troca Zagalo, Fátima Ferreira, Miguel Sopas de Melo Bandeira, Jorge Alves e Marta Lobo.

Festa Tradicional
O Festival de História ocorrerá em paralelo a uma das festas mais tradicionais da cidade, a Braga Romana, em que se revivem as origens do local, que remonta a mais de 2.000 anos, quando da fundação pelos romanos como Bracara Augusta. ?Esses festejos remetem à época da formação de Braga. Os moradores simulam os antigos mercados de produtos romanos, as pessoas se vestem com aquelas vestimentas típicas e há um cortejo pelas ruas. Enquanto isso, nos espaços fechados, vamos propor uma reflexão da história, tendo como eixo a identidade cultural dos povos de língua portuguesa?, diz Antunes.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Festival de História de Diamantina anuncia edição em Portugal

A programação vai contar com lançamentos de livros, mostras de cinemas com exibição de filmes do Brasil, Angola e Portugal, feira de livros, espetáculos musicais, além de 13 mesas de debates.

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A programação vai contar com lançamentos de livros, mostras de cinemas com exibição de filmes do Brasil, Angola e Portugal, feira de livros, espetáculos musicais, além de 13 mesas de debates.

O Festival de História de Diamantina (fHist) expande sua atuação em 2015 e ganha um braço internacional. Com o tema Diálogos oceânicos, a primeira etapa do evento vai ser do outro lado do Atlântico, em Braga, no Norte de Portugal, de 20 a 23 de maio. A Conferência Magna, cujo tema será Fazer história: Veias da integração dos países de língua portuguesa, terá a presença do ex-presidente português Mário Soares.

“Convidamos também o ex-presidente Lula para essa abertura. Enquanto Mário Soares teve uma participação ativa na comunidade dos países de língua portuguesa, Lula teve um olhar muito grande para a questão africana. Seria muito interessante os dois fazerem essa retrospectiva e essa perspectiva sobre os povos de língua portuguesa, da Ásia, África, América e Europa”, afirma o jornalista Américo Antunes, coordenador do fHist.

Antunes diz que a escolha de Braga para receber a primeira edição internacional do fHist se deve ao fato de a cidade pertencer à região que historicamente mais enviou lusitanos ao Brasil. “Em Minas, a gente sente essa presença e essa influência bragarense muito fortes. O Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas, por exemplo, teria seu traçado inspirado no Santuário de Braga. O órgão e a pintura da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina, foram feitos por um português de Braga. Sem falar que as universidades do Porto, de Coimbra e do Minho têm centenas de brasileiros nelas estudando. A ideia é trazer esses estudantes para o fHist também”, diz o jornalista.

Com orçamento de R$ 2,2 milhões, a programação vai contar com lançamentos de livros, mostras de cinemas com exibição de filmes do Brasil, Angola e Portugal, feira de livros, espetáculos musicais, além de 13 mesas de debates, como uma traçando um paralelo biográfico entre o marquês de Pombal e Xica da Silva, que vai contar com o historiador britânico Kenneth Maxwell, especialista em história ibérica e no estudo das relações entre Brasil e Portugal no século 18, e a historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Júnia Furtado.

Entre os outros assuntos que serão discutidos estão: Da escravidão ao racismo; Os arquivos da terra e a escrita da história; Universos literários: a história pelas lentes dos historiadores e dos jornalistas; Sons e imagens: narrativas históricas em tempo de mídias móveis; Tempos de rupturas: a Revolução dos Cravos e o ocaso da ditadura brasileira; Conexões oceânicas: vez e vozes das culturas de periferia; e Barrocas matrizes: identidades urbanas, arquitetura, artes e legados.

Entre os participantes estão confirmados, da parte brasileira, Boris Fausto, Lília Schwartz, Jurema Machado, Heloísa Starling, José Murilo de Carvalho, Glória Kalil e Gringo Cardia; e da portuguesa, Maria Augusta Lima Cruz, José Carlos Venâncio, Pedro Portela, Manuela Martins, José Meireles, Ana Maria dos Santos Betthencourt, Alberto Manoel Teixeira de Sá, Nelson Troca Zagalo, Fátima Ferreira, Miguel Sopas de Melo Bandeira, Jorge Alves e Marta Lobo.

 

Festa Tradicional

O Festival de História ocorrerá em paralelo a uma das festas mais tradicionais da cidade, a Braga Romana, em que se revivem as origens do local, que remonta a mais de 2.000 anos, quando da fundação pelos romanos como Bracara Augusta. “Esses festejos remetem à época da formação de Braga. Os moradores simulam os antigos mercados de produtos romanos, as pessoas se vestem com aquelas vestimentas típicas e há um cortejo pelas ruas. Enquanto isso, nos espaços fechados, vamos propor uma reflexão da história, tendo como eixo a identidade cultural dos povos de língua portuguesa”, diz Antunes.

Redação do Jornal Nova Imprensa Estado de Minas

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.