Em carta divulgada nesta segunda-feira, 17/12, o ditador cubano Fidel Castro deu indícios de que não permanecerá no poder por muito tempo. Ele disse não ter apego ao poder e que não atrapalhará futuras lideranças cubanas. Meu dever elementar não é apegar-me a cargos, ou muito menos obstruir a chegada de pessoas mais jovens [ao poder], e sim aportar experiências e idéias, cujo modesto valor procede da época excepcional que me coube viver, escreveu o ditador cubano em uma mensagem lida pelo apresentador do programa Mesa Redonda Informativa da TV Cuba.
Em julho de 2006 o ditador se afastou do poder, deixando em seu lugar o irmão Raúl Castro e ainda permanece afastado.
Na carta, Fidel ainda diz que concordar com o pensamento do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer de que é preciso ser conseqüente até o final.
Minha mais profunda convicção é que as respostas aos problemas atuais da sociedade cubana (…) exigem mais variantes de resposta para cada problema concreto que as contidas em um tabuleiro de xadrez.
Não se pode ignorar um só detalhe e não se trata de um caminho fácil, se é que a inteligência do ser humano em uma sociedade revolucionária há de prevalecer sobre seus instintos.
Na mesma carta, Fidel faz um balanço da Conferência de Bali, sobre mudança climática organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
É óbvio que os Estados Unidos manobraram [na Cúpula] para evitar seu isolamento, mas não mudaram em absoluto suas sombrias intenções de Império. Fizeram um grande espetáculo, e Canadá e Japão aderiram de imediato.

COMPATILHAR: