Um filme dirigido pela produtora Filmes de Plástico, da periferia de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, vai abrir um dos principais festivais de cinema independente do mundo: o Sundance. A estreia será nesta quinta-feira (1). O longa “Marte 1” é dirigido pelo cineasta mineiro Gabriel Martins que se mostrou muito feliz com a escolha.

“Fiquei muito feliz, obviamente, e muito honrado por ter sido selecionado para esse festival. Estou muito animado para o que o festival pode promover para o filme. É uma oportunidade de troca. Um filme independente feito na periferia ter uma vitrine grande desta forma, vira uma oportunidade de projeção muito grande de um cinema feito com muito carinho, muito amor e muita sinceridade. Isso me enche de alegria”, destaca Martins. 

Esta será a estreia oficial do filme. A previsão é que “Marte 1” chegue aos cinemas brasileiros no segundo semestre de 2022. Neste ano, o Sundance será online em função da pandemia pelo coronavírus.

 “O filme passar logo na abertura, no primeiro dia, é um sinal bom que houve um cuidado e um afeto pelo filme. Também possibilita essa discussão do filme perdurar ao longo do festival. Eu estou com a expectativa muito boa e muito ansioso para ver a reação das pessoas”, enfatiza. 

“Marte 1” foi rodado nas cidades de Contagem e Belo Horizonte, em novembro e dezembro de 2018.  Ele conta a história da família Martins, composta por Wellington (pai), Tércia (mãe), Deivinho (filho) e Eunice (irmã). “A família tem como sonho que o filho se torne jogador de futebol, mas ele está interessado em se tornar astrofísico e participar da missão Marte 1. A família é acompanhada por meses circundando esse desejo e com as buscas pessoais de cada um”, explica o diretor. 

O elenco do filme é composto pelos atores Carlos Francisco, Rejane Faria, Cícero Lucas e Camila Souza. “O Marte 1 é um filme sobre fé, sobre sonhos e eu queria muito passar a energia do que isso representa para essa família, do que representa para o Brasil. As vezes quando a gente vive um momento difícil como esse da pandemia e situação política instável, esse tipo de história traz uma sensação de esperança para gente ou uma sensação de entendimento maior. O Marte 1 pode ser esse filme. Esse é o desejo que tenho”, conclui Gabriel.

Fonte: O Tempo

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