Redação Últimas Notícias  

Em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta quarta-feira (10), a delegada Luciana de Sousa, titular da Delegacia de Orientação e Proteção à Família, falou sobre a operação “Fim de Festa”, deflagrada nesta quarta.

Foram cumpridos dez mandados; dentre prisões e apreensões.

O caso que ganhou mais destaque na fala da delegada foi um estupro coletivo ocorrido na cidade na madrugada do dia 16 de março.

De acordo com as investigações preliminares, o crime teria sido cometido por três jovens com idades entre 18 e 21 anos que estupraram uma jovem, cuja idade não foi revelada.

O crime teve início na avenida Rio Branco, nas proximidades de uma casa de shows, no Centro de Formiga. De acordo com a delegada, o caso é considerado estupro de vulnerável, mesmo a vítima sendo maior de idade, pois ela não tinha discernimento do que estava ocorrendo, pois havia feito uso de bebida alcoólica.

A delegada que está à frente do caso, Luciana de Sousa

A delegada explicou que a vítima foi abordada pelos indivíduos após ser levada para o carro de um conhecido em razão de estar passando mal. Nesse momento, um dos suspeitos passou pelo local, retirou a vítima do veículo, colocando-a em um outro veículo, onde estavam os demais investigados.

Durante o percurso, a vítima foi estuprada no banco de trás do carro. Chegando em um local mais afastado, ela novamente foi vítima dos criminosos. Um quarto indivíduo também estava no carro, mas de acordo com as investigações, ele não participou do ato, podendo responder por omissão de socorro ou como partícipe. 

Um dos suspeitos confessou o crime, se mostrou arrependido e teria ainda pedido perdão pelo ocorrido.

Os indivíduos relataram que após o crime, deixaram a mulher em frente à casa dela, porém, em depoimento, ela relatou que em momento algum indicou onde residia.

Câmeras de segurança da casa de shows registraram toda a ação dos suspeitos, o que possibilitou a identificação e prisão dos mesmos.

Foram apreendidas as camisas que os suspeitos usaram no dia do crime, celulares e computadores nas residências deles. 

Eles poderão responder por estupro de vulnerável e podem pegar de 8 a 15 anos de prisão, com aumento de pena de 1/3 a 2/3, por estupro coletivo.

Operação “Fim de Festa”

Outros casos que fazem parte da operação “Fim de Festa” estão sendo investigados pela Polícia Civil como o de um padrasto que teria filmado a enteada tomando banho e a de um diretor que estaria assediando uma professora de uma escola em Formiga.

A delegada informou ainda, sobre outro caso de estupro consumado em Formiga, ocorrido em janeiro deste ano em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis.

Na ocasião, um menor teria levado a vítima para uma rua deserta e consumado o ato. O adolescente que não teve a idade revelada foi aprendido.

Durante a operação foram apreendidos vários computadores e celulares dos investigados.

A Polícia Civil não apresentou os suspeitos e não divulgou detalhes das identidades dos mesmos, como nomes e locais ondem residem.

 

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