O Fundo Monetário Internacional reduziu a previsão de crescimento para este ano no Brasil e no mundo, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (16) pela entidade. A expectativa é que o Brasil cresça 0,5 ponto percentual a menos que na previsão de janeiro e encerre este ano com expansão de 3%.
Para 2014, a expectativa é de expansão de 4%, alta de 0,1 ponto percentual quanto à expectativa prévia.
O fundo também prevê um aumento do desemprego no país para 6% neste ano e para 6,5% no ano que vem.
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 5,6% em fevereiro, após registrar 5,4% em janeiro.
A leitura é de recuperação da economia brasileira. Em 2012, o país fechou o ano com expansão de 0,9%, segundo o IBGE. ?É esperada recuperação da atividade no Brasil, a maior economia da região, em resposta à grande política de cortes de taxas implantados durante o ano passado e outras medidas destinadas a impulsionar o investimento privado?, diz o texto. No entanto, há perspectivas de que as restrições de oferta possam limitar o ritmo de crescimento no curto prazo.
O país continuará na lanterna dos países emergentes, de acordo com o relatório. No conjunto, o crescimento nas economias emergentes e em desenvolvimento está previsto para chegar a 5,3% em 2013 e 5,7% em 2014. A China deve crescer 8% e o México 3,4% este ano, ambos após revisão para baixo de 0,1 ponto percentual.
Na análise do FMI, o país sofreu desaceleração pronunciada em 2012 e transbordou para parceiros comerciais regionais como Argentina, Paraguai e Uruguai. Já em outras economias da região como Chile, México, Peru, o crescimento manteve-se forte.
O FMI vê menor risco aos países emergentes com a interrupção de políticas de Estados Unidos e Europa que colocavam em risco o crescimento global. No entanto, a ameaça continua com a possibilidade de que sejam necessárias novas medidas para conter a crise na Europa. O cenário pode ser positivo se houver reaceleração do crescimento na China, o que pode elevar a demanda doméstica mais que o previsto.
Por outro lado, a América Latina seria seriamente afetada por uma forte desaceleração nas economias de mercado emergentes, particularmente a China. ?Especificamente, um declínio de 10% do investimento privado nos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) poderia reduzir a produção na América Latina por mais de 1 ponto percentual durante 2013-14 através de seu efeito sobre a demanda por commodities e outras exportações?, diz o texto.
Mundo
A previsão mundial da instituição é que o mundo cresça 3,3%, menos 0,2 pontos percentuais em relação à expectativa anterior, de 3,5%.
As perspectivas globais melhoraram, ?mas o caminho da recuperação nas economias avançadas vai permanecer instável?, segundo o relatório do fundo. Nas principais economias avançadas, a atividade é esperado para acelerar gradualmente, após um fraco início de 2013, com os Estados Unidos na liderança, com crescimento estimado em 1,9% (queda de 0,2% em relação à expectativa anterior) para este ano e 3% para o próximo.
Em contraste, o crescimento na área do euro deverá ser -0,3% em 2013 e 1,1% em 2014.

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