O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil deflagaram, na manhã desta sexta-feira (29), uma operação para desarticular uma organização criminosa atuante no setor de distribuição e revenda de combustíveis. Serão cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão, em endereços comerciais e residenciais em Belo Horizonte e Região Metropolitana. De acordo com o jornal Hoje em Dia, os valores sonegados pelo grupo, somados às multas aplicáveis, somam mais de R$19 milhões.

A operação “Jammer” é um desdobramento de investigações que tiveram início em 2018 para apurar roubo, adulteração e receptação de cargas de combustíveis. As apurações indicaram que os investigados estariam usando postos de combustível para lavar dinheiro oriundo de um esquema de sonegação.

De acordo com o Ministério Público, a organização adquiria os combustíveis em São Paulo, onde há uma cobrança menor de impostos sobre etanol e gasolina, e simulava a venda desses produtos para contribuintes daquele Estado. Depois disso, uma transportadora levava o produto a postos de Belo Horizonte e Região Metropolitana, contando com documentos falsos.

Para não levantar suspeitas, o grupo também adquiria legalmente combustíveis de distribuidoras mineiras, travando operações regularmente contabilizadas e comunicadas ao Fisco.

De janeiro de 2018 até outubro de 2019 foram identificadas mais de 400 notas fiscais emitidas para aquisição e revenda de combustíveis mediante fraude pela organização investigada, segundo o MPMG.

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