O governo de Minas lançou nesta quarta-feira (24) uma força tarefa para o combate à dengue. Trata-se de um esforço do Estado para apoiar os municípios com alto grau de infestação pelo mosquito Aedes aegipty, transmissor da doença. O Estado vai emprestar equipamentos, fornecer insumos e deslocar agentes de combate à doença para os municípios. As equipes já partiram para as cidades de Divinópolis, Luz, Iguatama, Curvelo, Buenópolis, Pompéu e Paraopeba.
?Devemos estar vigilantes, pois o outono deste ano tende a ter temperaturas elevadas, o que favorece o desenvolvimento do mosquito. Isto somado ao alto índice de notificações da doença nos levou a intensificar o apoio aos municípios no combate ao vetor. Estamos qualificando a assistência no sentido do correto manejo clínico, para evitarmos óbitos e inovamos nas ferramentas de comunicação, de modo a mobilizar o cidadão a também participar desta luta contra o Aedes aegipty?, declarou o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques.
A força tarefa atua em três eixos: epidemiologia, assistência e comunicação. Em relação à vigilância epidemiológica, foram contratados 60 agentes para apoio nas ações da área. O governo estadual vai colocar à disposição dos municípios que se enquadraram nos critérios e solicitaram a Força Tarefa quatro micro-ônibus, seis Ultra Baixo Volume/ Fumacê (UBVs) e seis caminhonetes. Também serão fornecidos materiais como máscaras, bombas costais etc, insumos como equipamentos, dispositivos intravenosos e medicamentos.
Até o momento, existem 54 municípios mineiros em alta transmissão,entre eles Formiga, Divinópolis, Lagoa da Prata, Bom Despacho, Arcos, Pains, Iguatama e Japaraíba. As cidades interessados em contar com o apoio do governo de Minas devem formalizar um pedido junto à Gerência Regional de Saúde (GRS) que abrange a região e, a partir daí, técnicos da SES avaliarão a requisição. A prioridade é atender aos municípios em que a situação exige mais esforços.

Articulação
O secretário Antônio Jorge afirmou que o Estado já alocou R$ 20 milhões para desenvolvimento de todas as ações previstas para este ano, destacando que a dengue é uma agenda constante do governo de Minas. ?Este é um problema que envolve até mesmo mudanças culturais, pois se sabe que 80% dos focos estão nas casas das pessoas. Por isso os esforços articulados junto aos municípios são essenciais para vencermos a batalha contra a doença? , avaliou.

Assistência
Outro eixo de ação da força tarefa está na área de assistência. Para que o paciente seja bem atendido, os profissionais e gestores de saúde estão sendo qualificados em sete oficinas microrregionais. Para as oficinas foram contratados 12 médicos e produzidas peças gráficas técnicas, como as Linhas Guia, folheto técnico de classificação de risco da dengue/enfermagem (30 mil), folheto técnico (20 mil), resumo das recomendações clínicas da dengue (45 mil), além de cartões de acompanhamento ambulatorial para os pacientes com suspeita de dengue (100 mil).
Dengue Ville
A novidade na estratégia de comunicação deste ano, que também adotará os meios tradicionais, como inserção em rádio e TV, backbus, entre outras, é o jogo Dengue Ville. Desenvolvido pela Saúde Estadual e disponibilizado no Orkut o game tem um formato parecido com o Farme Ville e a Colheita Feliz e o objetivo é mobilizar os jovens para ajudarem a diminuir os índices de infestação do mosquito Aedes aegipty.
O jogo acontece em nove cenários diferentes: uma casa, uma área pública (bairro com rua/ casas/ praça/lote vago), unidade Básica de Saúde (UBS), obra, hospital etc. Em cada um deles, o usuário recebe uma missão como, por exemplo, esvaziar garrafas e pneus, colocar areia nos pratos das plantas, cobrir caixas d?água, mobilizar os vizinhos, distribuir soro caseiro entre as vítimas da doença em uma UBS, etc.
O jogo está na web desde o dia 16 de março, em caráter experimental. O público-alvo é formado por jovens, e visa demonstrar de maneira interativa como se combate a dengue. Até o momento, 22.177 pessoas já estão jogando o social game e mais de 150 mil internautas acessaram a página do jogo. ?Tivemos um baixo custo para desenvolver o aplicativo, cerca de R$ 80 mil e a repercussão foi muito grande, comprovando o caráter inovador do jogo. Há muitos anos temos combatido o mosquito usando as mesmas ferramentas. Percebemos que era necessário usar um novo meio e Minas dá sua contribuição ao país, disponibilizando o jogo na internet?, finalizou o secretário Antônio Jorge.

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