Até esta segunda-feira (16) Minas Gerais tinha registrado 152 casos suspeitos de febre amarela e 47 mortes, dessas 22 são consideradas prováveis da doença, porque os pacientes tiveram exame laboratorial preliminar positivo.

Apesar do foco da doença estar concentrado na região Leste e Nordeste de Minas, nas cidades localizadas nos vales do Rio Doce e Mucuri e na Zona da Mata, municípios da região Centro-Oeste estão realizando campanhas de vacinação como Bom Despacho e Carmo do Cajuru.

Em Bom Despacho, a ação preventiva foi intensificada no sábado (14) quando os postos de saúde ficaram abertos até às 17h. Já em Carmo do Cajuru o horário de vacinação será ampliado para as 20h, na quarta-feira (18). Apesar do aumento da procura pela vacina nos postos, Formiga ainda não realizou nenhuma ação contra a doença.

Segundo nota da Prefeitura, enviada a pedido do portal, nesta terça-feira (17), os postos de saúde do município iniciaram a aplicação da vacina apenas nos jovens que estão indo às UBS vacinarem contra o HPV e a meningite meningocócica C.“Não foi iniciada uma divulgação maior na cidade porque a nossa região não é uma área de transmissibilidade da doença. Na microrregião de Formiga, não foi registrado nenhum caso suspeito de febre amarela”, informou a nota, que diz ainda, “representantes do município participarão, na quinta-feira (19), de uma reunião na Superintendência Regional de Saúde, em Divinópolis, para a Secretaria de Estado de Saúde passar orientações”.

A nota informa ainda que “as UBS estão abastecidas de vacinas, seringas e agulhas para aplicação da vacina, ou seja, a pessoa que tiver interesse pode procurar o posto de saúde do seu bairro para vacinar contra a febre amarela, mas mediante apresentação do cartão de vacinação”.

Se Formiga irá realizar ação contra a febre amarela, a população só saberá após a reunião na Superintendência Regional de Saúde (SRS).

Em Minas

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), as 47 mortes registradas foram em seis municípios do Vale do Rio Doce – Piedade de Caratinga (4), Ubaporanga (1), Ipanema (2), Imbé de Minas (1), Itambacuri (1), São Sebastião do Maranhão (1) – e em quatro cidades do Vale do Mucuri – Ladainha (8) e Malacacheta (2) Poté (1) e Setubinha (1).

A cidade com maior número de notificações de casos suspeitos da doença é Ladainha, onde 36 suspeitas foram registradas. Na sequência, aparecem três cidades do Vale do Rio Doce: Caratinga, com 23 registros, Imbé de Minas, com 13, e Piedade de Caratinga, com 12.
Também há ocorrência de casos suspeitos em Água Boa (1), Alpercata (1), Alvarenga (1), Entre Folhas (2), Inhapim (2), Ipanema (8), Ipatinga (2), Itambacuri (8), Itanhomi (1), São Domingos das Dores (1), São Pedro do Suaçuí (1), São Sebastião do Maranhão (8) e Ubaporanga (6), no Vale do Rio Doce.
As cidades com casos suspeitos no Vale do Mucuri são Frei Gaspar (1), Malacacheta (4), Novo Cruzeiro (4), Ouro Verde de Minas (1), Poté (8) e Setubinha (1) e Teófilo Otoni (5). Tem ainda um caso suspeito em Simonésia (1), que foi o primeiro em cidades da Zona da Mata, de acordo com a SES.

Internações em Belo Horizonte

Vinte e dois pacientes do interior do estado com sintomas de febre amarela foram transferidos para tratamento no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. O hospital da rede estadual de saúde fica na Região do Barreiro e é referência no tratamento de doenças infectocontagiosas.
Três pessoas já morreram no hospital com sintomas de febre amarela. A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) confirma as mortes, mas não dá detalhes sobre a identificação.

No Espírito Santo

A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) foi notificada sobre dois casos de suspeita de febre amarela no estado; o de uma mulher de 37 anos residente no Noroeste do Espírito Santo e o de um agricultor de 45 anos, residente na região Serrana do Estado, onde foram encontrados macacos mortos.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é transmitida por mosquitos e comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.
A transmissão acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.
As primeiras manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

Em Minas, conforme a SES, 17 cidades tiveram registro de morte ou aparecimento de primatas doentes.

 

Fonte: G1 ||

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