Após fechar agosto com baixa variação (0,38%) na geração de empregos, houve recuperação no mês de setembro quando o saldo foi de 0,85%, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, no nono mês do ano, 831 pessoas tiveram carteira assinada, enquanto 695 foram desligadas de seus empregos formais, gerando um saldo de 103 empregos no município.
Mais uma vez, o destaque foi o setor da construção civil, com 225 trabalhadores contratados, contra 122 demitidos (saldo de 103 vagas, uma variação de 4,75%).
Em seguida, ficou a indústria de transformação com 181 admissões e 155 desligamentos (saldo de 26 empregos, 0,64%). O setor de mineração contratou uma pessoa e demitiu duas, com saldo de um posto de trabalho negativo (-2,86).
Na contramão da geração de empregos, o comércio que é um dos principais meios econômicos da cidade, teve um resultado negativo de -0,19%. Foram 206 admissões, contra 214 demissões.
Mesmo com saldo negativo nas contratações e a baixa nas vendas, devido a recessão virtual vivida pelo país, o comércio local já está se preparando para as contratações de fim de ano.
Na área da agropecuária o saldo também foi negativo, -1,37% com 32 admissões, contra 41 demissões.
Já a área de serviços contratou 186 trabalhadores contra 161 desligamentos (saldo de 25 vagas, 0,52%). Saldo baixo comparado com o mês de agosto, quando 242 trabalhadores foram contratados e 183 demitidos, um saldo de 52 vagas (1,25%).
Ao comparar com o mês de agosto, o desempenho de setembro foi melhor.

Números no país

O Brasil registrou o menor saldo de criação de vagas de trabalho com carteira assinada para um mês de setembro desde 2001. Segundo o Ministério do Trabalho, em setembro de 2014, foram geradas 123.785 novas vagas.

Nos sete primeiros meses do ano, foram 904.913 novos postos de trabalho formal. É o menor saldo para esse período do ano na série histórica disponibilizada pelo governo, desde 2004. Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
O número de setembro é a diferença entre 1,770 milhão de contratações e 1,646 milhão de desligamentos. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que os dados são positivos e disse que a queda na geração de emprego reflete uma necessidade menor de mão de obra.
Disse ainda que há má vontade da imprensa ao noticiar os números e negou que haja uma crise na indústria que afete o emprego no setor. Vocês procuram os números negativos, eu procuro os positivos, afirmou. Não foi o pior setembro desde. Foi o melhor setembro, porque acrescentamos novas vagas.
Comparação
Para Dias, não há sentido em comparar os dados deste ano com o mesmo período do ano passado, pois na comparação anual, segundo ele, a tendência é sempre de queda. Os dados do Caged mostram que a queda na geração de emprego começou em 2011, primeiro ano do governo atual.
Vai ser pior no ano que vem se você levar em conta essa comparação. Não há como comparar. Qual o valor científico dessa comparação? A demanda de necessidade de emprego vai reduzindo. No ano que vem, 120 mil empregos talvez não sejam necessários, afirmou.
O ministro disse ainda que a economia no todo está indo bem. Está gerando emprego, está positiva. O comércio está positivo, o PIB já cresceu. Disse ainda que a meta de gerar 1 milhão de novos empregos este ano será cumprida. Em junho, o ministério já havia reduzido a previsão para a geração de empregos com carteira assinada em 2014 de 1,4 milhão para 1 milhão de postos.
Dias afirmou também que os dados estão próximos dos verificados em outros países e que o Brasil vive situação semelhante à Alemanha. Todos os números são positivos. Não há números negativos, afirmou. Está faltando emprego?
Questionado sobre os brasileiros que ainda estão desempregados ou estão na informalidade, Dias afirmou que 100% de formalização é algo que não existe.

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