Uma assembleia para a fundação da primeira associação filantrópica voltada para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) de Formiga ocorrerá no dia 24 de junho. O encontro será no plenário da Câmara Municipal, a partir das 19h.
Após a reunião, será realizado o 1º Arraial da Diversidade, na área externa da Casa do Engenheiro, com comidas típicas de festa junina. A finalidade da festa será arrecadar recursos para as despesas de registro da entidade.
O ?Formiguei? – Movimento pela cidadania LGBT em Formiga – tem caráter informativo, mobilizador e assistencial. A finalidade é promover e defender a liberdade de orientação sexual e a prevenção e assistência no que diz respeito à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). O grupo inicial é formado por Tales Tagliaferri e Ronilson Paiva (Tia Rona).
De acordo com o coordenador do movimento, Tales Tagliaferri, serão feitas ações para difundir a luta pelos direitos humanos LGBT, como o blog que já está no ar ? http://formiguei.wordpress.com, promover encontros, seminários e fóruns de discussão da cidadania LGBT, desenvolver formas de apoio ao grupo e familiares e pleitear políticas de reconhecimento dos legítimos direitos civis, sociais e políticos no município.
Homofobia
No Brasil, todos os dias, 20 milhões de brasileiras e brasileiros assumidamente lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais têm violados os seus direitos humanos, civis, econômicos, sociais e políticos. Segundo os organizadores do movimento LGBT em Formiga, ?religiosos? fundamentalistas utilizam-se dos meios de comunicação públicos, das Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Câmara Federal e Senado para pregar a discriminação e preconceito aos cidadãos e cidadãs LGBT e impedir que o artigo 5º da Constituição Federal (?todos são iguais perante a lei?) seja estendido aos milhões de LGBT do Brasil. Os organizadores também ressaltam que, sem nenhum respeito ao Estado Laico, os fundamentalistas religiosos utilizam-se de recursos e espaços públicos (escolas, unidades de saúde, secretarias de governo, praças e avenidas públicas, auditórios do Legislativo, Executivo e Judiciário) para humilhar e atacar o público LGBT.
Assassinatos
Segundo relatório divulgado pelo Grupo Gay Bahia (GGB), 198 homossexuais foram assassinados apenas no ano de 2009 no Brasil. O número superou os anos de 2008, quando foram mortos 189 homossexuais, e de 2007, registradas 122 mortes. Os gays são as principais vítimas (59%), seguidos pelos travestis (37%). Em último lugar estão as lésbicas, afetadas em 4% dos casos.

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