As fortes chuvas registradas no sudoeste do Japão deixaram 100 mortos e 68 desaparecidos, de acordo com balanço das autoridades locais divulgado nesta segunda-feira (9). Essa já é considerada uma das piores catástrofes naturais que atingiram o país nos últimos anos.

O número de mortos pode aumentar porque os trabalhos de busca pelos desaparecidos prosseguem.

Das 100 vítimas, 87 foram declaradas mortas e 13 em estado de parada cardíaca e respiratória, informou o porta-voz do governo Yoshihide Suga, segundo a France Presse.

As precipitações recordes registradas desde quinta-feira (5) passada no arquipélago japonês afetaram sobretudo, as cidades de Hiroshima e Ehime, onde as inundações e deslizamentos de terra causados pelas chuvas arrasaram milhares de casas e deixaram vários povoados completamente isolados, segundo a Agência Efe.

Soldados das Forças de Autodefesa (Exército), da Polícia e dos bombeiros continuam nesta segunda com as operações de resgate de pessoas refugiadas em terraços e tetos de casas que ficaram inundadas, ao mesmo tempo que prossegue a busca pelos desaparecidos, segundo a emissora estatal “NHK”.

Em Hiroshima (oeste), pelo menos 39 pessoas morreram em acidentes relacionados com as fortes chuvas e outras três ficaram gravemente feridas, enquanto em Ehime (ilha de Shikoku, sudoeste) foram registradas 22 mortes, segundo os últimos dados divulgados por representantes das localidades afetadas.

Moradores tentam erguer um veículo preso em uma área atingida pela enchente em Kurashiki, província de Okayama (Foto: Jiji Press / via AFP Photo)

As autoridades japonesas chegaram a recomendar a retirada de 5,9 milhões de cidadãos de 19 cidades durante o fim de semana. Na véspera mais de 30 mil pessoas passaram a noite em refúgios, segundo dados do governo.

Por causa da gravidade da situação, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cancelou uma viagem que o levaria a Bélgica, França, Arábia Saudita e Egito, informou a imprensa.

As precipitações causaram transbordamentos de rios que inundaram povoados inteiros, onde a água atingiu três metros de altura em alguns pontos, e provocaram graves danos em edifícios, estradas, pontes e outras infraestruturas.

A Agência Meteorológica de Japão (JMA) já retirou o nível máximo de alerta nas regiões afetadas, embora mantenha os avisos de inundações e deslizamentos de terra em várias das regiões afetadas, segundo a Efe.

Tragédia

Esta é uma das piores catástrofes do tipo nos últimos anos no Japão, com um número de vítimas que supera o registrado nos deslizamentos de terra de 2014 em Hiroshima, com 74 mortos.

As passagens de dois tufões em agosto e setembro de 2011 deixaram mais de 100 mortos.

 

Fonte: G1 ||

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