No dia que os jogadores do Cruzeiro anunciaram que farão uma paralisação pelo não pagamento de salários a partir desta quinta-feira (14), torcedores do clube seguiram em mobilizações para ajudar funcionários dos diversos setores do clube.

Nessa quarta-feira (13), cestas básicas foram entregues no clube do Barro Preto. A iniciativa partiu do professor de educação física Diego Chaves, sócio do clube celeste, e cruzeirenses do reduto de Montes Claros. 

Diego falou sobre a reação dos funcionários e também as dificuldades que eles vêm atravessando. “A situação aqui está crítica. O pessoal está sem receber os salários de setembro e outubro (relativos aos meses de agosto e setembro). Quando entregamos as cestas, muitos chegaram até a chorar. Conseguimos a doação de 28 cestas básicas, sendo que 14 foram entregues hoje (quarta-feira) e mais 14 nesta quinta-feira”, disse Diego. 

O torcedor criticou a gestão dos clubes sociais do Cruzeiro. “Não vamos infelizmente conseguir levar esta ajuda à sede campestre porque as cestas não vão dar. Mas a gente já foi lá sentar e conversar com o Sérgio (Santos Rodrigues, presidente do Cruzeiro) para tentar abrir os caminhos. Os clubes sociais hoje são sustentáveis, mas a gente paga as mensalidades e eles não conseguem pagar os funcionários que trabalham aqui e na Campestre. Para onde está indo esse dinheiro?”, indagou Diego Chaves. 

“A gente chega aqui nos clubes e tem funcionários às vezes vendendo camisas e shorts que eles têm do Cruzeiro para poder ter algum dinheiro em casa. Isso é triste demais”, acrescentou. 

Sobre a greve

Diego e alguns torcedores do Cruzeiro já chegaram a conversar com jogadores do clube sobre a situação crítica da Raposa. De acordo com o sócio, os atletas já tinham a intenção de fazer uma paralisação anteriormente, mas as coisas foram remediadas. Agora eles vêm buscando um novo contato com os atletas para tentar entender a situação atual. 

“Existem muitas coisas ditas, mas não há nenhuma clareza também. É importante que o torcedor saiba a real condição também destas dívidas ao elenco. Eu já tinha batido um papo com eles, o Fábio, o Moreno, anteriormente, pois queria fazer isso há algum tempo (paralisação). A gente ia fazer o protesto junto com eles, jogadores, mas não aconteceu. Agora queremos entender este processo para estar junto com eles também nesta luta. Agora o presidente diz que quem está contra, quer tumultuar o ambiente”, concluiu Diego. 

A previsão é de que a greve dos jogadores do Cruzeiro possa se estender até a próxima segunda-feira (18). É preciso lembrar que o time só vai entrar em campo na sexta-feira da próxima semana, dia 22, quando vai até Florianópolis para encarar o Avaí, pela 31ª rodada. 

Fonte: O Tempo

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