O Sindicato dos Metalúrgicos de Divinópolis anunciou nessa terça-feira (4) que 22 funcionários da Gerdau serão demitidos. A empresa confirma as demissões, mas diz que não está disponível o número de trabalhadores que serão desligados. O setor de laminação terá as atividades suspensas.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Anderson Willian, a Gerdau entrou em contato com o sindicato nea segunda-feira (3) para anunciar os desligamentos de funcionários da empresa e informou que o sindicato não concorda com a decisão, alegando haver possibilidade de remanejamento dos profissionais para outros setores da empresa.

Em nota, a Gerdau confirma a paralisação da área de laminação da Usina Divinópolis e transferência da produção para outras usinas, mantendo o patamar atual de produção de laminados no Brasil e o atendimento aos clientes. A decisão é decorrente da necessidade de otimização de ativos em função do atual cenário econômico nacional, especialmente relacionado ao setor da construção civil e dos desafios da indústria do aço vivenciados no Brasil e no mundo.

Ainda de acordo com a nota enviada pela assessoria de comunicação da Gerdau, a usina de Divinópolis seguirá operando os altos-fornos e aciaria, assim como manterá as atividades das áreas administrativas. A produção remanescente será direcionada principalmente para as exportações.

Segundo Anderson, o setor que terá as atividades paralisadas tem 63 trabalhadores e a empresa vai demitir 22 deles. O sindicato disse, ainda, que tentará reverter as demissões, já que, segundo o presidente, desde 2008 a empresa tem feito deslocamento e demitido alguns trabalhadores. “Trinta funcionários deste mesmo setor tiveram os contratos suspensos no ano passado e retornaram às atividades em fevereiro deste ano”, acrescentou.

Sobre o número de demitidos, a empresa disse que essa informação não está disponível e que a redução de postos de trabalho, entretanto, foi o último recurso após a tomada de uma série de medidas para evitá-la.
Ainda segundo o presidente do sindicato, a demissão destes funcionários impacta na economia de outras empresas porque, com o setor de laminação parado, a Gerdau para de comprar gusa dos fornecedores. Além disso, os trabalhadores demitidos perdem poder aquisitivo, o que afeta o comércio local.

Nesta quarta-feira (5) deve acontecer uma reunião entre o Sindicato e a Gerdau para discutir a situação.

Setor Siderúrgico
Sobre o setor siderúrgico, Anderson denuncia que algumas empresas atrasam pagamentos de funcionários e não está sendo recolhido o Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS), além do não cumprimento de direitos trabalhistas. Ele ainda destacou que os trabalhadores estão em situação desconfortável com a crise econômica e que a ameaça de demissão é constante

 

Fonte: G1 ||

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