O governo mineiro está alertando a população para cuidados que devem ser tomados aos primeiros sinais da dengue, doença que historicamente tem seu pico entre janeiro e maio. Para se evitar uma epidemia, além das medidas preventivas para acabar com os focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, é preciso que as pessoas procurem ajuda e orientação médica imediata tão logo percebam algum sintoma da doença. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais eficiente será o tratamento e as chances de cura.
Alerta
A principal orientação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é para as pessoas se dirigirem à Unidade de Saúde mais próxima de sua casa ou à Unidade de Referência indicada em seu cartão do SUS caso apareça um ou mais dos seguintes sinais de alerta:
– Diminuição repentina da febre
– Dor muito forte na barriga
– Sangramento de nariz, boca ou outros tipos de hemorragias
– Tontura quando mudar de posição, por exemplo, ao se deitar ou se levantar
– Diminuição do volume de urina
– Vômitos frequentes ou com sangue
– Dificuldade de respirar
– Agitação ou muita sonolência
– Suor frio
– Pontos de manchas vermelhas ou roxas na pele
Hidratação
Beber muito líquido é outra recomendação importante para quem está doente ou sob suspeita de dengue. Tome água, suco de frutas, sopas, leite, chá, água de coco e soro caseiro para manter o corpo bem hidratado.
A receita do soro caseiro é simples e pode ser feito em poucos minutos. Basta misturar duas colheres de sopa de açúcar e uma colher de café de sal de cozinha em um litro de água filtrada ou fervida. O soro deve ser bebido aos pouquinhos, durante todo o dia, sem qualquer restrição. Também é recomendado o repouso. Mulheres com dengue devem continuar amamentando.
Prevenção e capacitação
A Secretaria de Saúde alerta ainda que as pessoas não devem se descuidar de medidas simples, como acabar com pratos que dão suporte a vasos de flores, pneus velhos e todo tipo de vasilha abandonada no lixo, nas ruas ou nos quintais que possam acumular água. O mosquito transmissor da dengue se reproduz na água parada. Até mesmo a água numa tampinha de refrigerante pode servir como ambiente para reprodução do mosquito da dengue.
Plano Estadual de Combate à Dengue
O Governo de Minas está desenvolvendo um plano estadual de combate à dengue que intensificou as ações de prevenção e está investindo na capacitação de médicos e enfermeiros para que tenham plenas condições de classificar o risco de dengue com rapidez e agilidade. O objetivo é também dar mais qualidade ao tratamento e acompanhamento dos casos.
A capacitação está sendo feita, principalmente, pelo Canal Minas Saúde, uma das maiores redes de televisão corporativas do país, formada por mais de 2.700 pontos de recepção instalados em 3 mil postos de saúde, Gerências Regionais de Saúde e Centros Viva Vida de atenção à saúde em todo o Estado. O canal foi implantado pelo Governo de Minas para incrementar o programa de educação a distância mantido pelo Estado para profissionais da área de saúde.
Os investimentos do Governo de Minas em ações de combate à dengue somam R$ 12 milhões. Desse total, R$ 3 milhões foram aplicados na aquisição de novas tecnologias de combate ao focos do mosquito. Professores da UFMG desenvolveram, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o MosquiTrap, uma armadilha desenvolvida para capturar fêmeas do Aedes aegypti. O sistema monitora os focos do mosquito e presta apoio fundamental ao planejamento das ações desenvolvidas pelos agentes de saúde.
Também foram investidos R$ 2 milhões para intensificar o combate ao mosquito em Belo Horizonte e em oito municípios da Região Metropolitana – Betim, Contagem, Ibirité, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia e Vespasiano onde o risco de epidemia são maiores. Para outros 85 municípios que apresentam risco e que por essa razão são considerados prioritários no combate à dengue, foram destinados mais R$ 3,1 milhões. Na confecção de material educativo e compra de teste rápido para avaliação de pacientes infectados foram aplicados mais R$ 4,4 milhões.

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