O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirmou nesta terça-feira (18), que o Estado está entrando em uma tendência de queda de óbitos em decorrência da Covid-19.

Para o chefe da pasta da saúde, a tendência pode ser observada quando há uma análise cautelosa dos números não pelos dias em que as mortes foram registradas pelo poder público, mas pelos dias em que elas ocorreram de fato.

“De uma forma geral nós vemos que os óbitos, baseado na data do óbito constatado, ele está realmente com uma tendência a um equilíbrio. O máximo que nós tivemos até agora foi em torno de 80 óbitos diários, isso já em meados de julho e nós estamos vendo uma tendência a um início de uma queda.  Porque ainda está um pouco precoce nós definirmos isso, mas parece claro que parou de haver um incremento no número de óbitos”, explicou Amaral.

No Boletim Epidemiológico desta terça-feira, foram registrados 83 óbitos. De acordo com os dados apresentados pelo secretário de Saúde em coletiva de imprensa, a maioria deles ocorreu na semana passada, entre os dias 11 e 16 de agosto. Mas também há registros de mortes nas semanas anteriores que passaram a compor o boletim. A mais antiga é do dia 26 de junho.

“As Prefeituras muitas das vezes precisam confirmar o óbito e identificar o que está acontecendo, então pode haver um atraso da chegada desses dados na secretaria”, disse o secretário.

Apesar da tendência de queda destacada pelo secretário, Minas registrou nesta terça, uma média móvel de 99 óbitos nos últimos sete dias. O número serve como parâmetro, já que dados podem ficar represados por dias antes de compor a contagem da secretaria. Essa é a segunda maior média registrada na série histórica.

Realocação de profissionais

Nessa segunda-feira (17), o governo de Minas anunciou que os profissionais da saúde convocados para atuar no Hospital de Campanha do Expominas seriam remanejados para outras instituições da rede Fhemig. O motivo é falta de necessidade de uso da estrutura para o momento.

O anúncio, sem a comunicação prévia aos profissionais gerou reclamação da categoria. De acordo com o secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral, a decisão partiu de uma reunião com órgãos de controle na última sexta-feira (14) e não houve tempo hábil para avisar os profissionais.

“O que ao nosso sentir não prejudica, já que o contrato que foi assinado por eles prevê a possibilidade de remanejamento. É importante destacar que eles estão sendo remanejados, ou seja, essa mão de obra não se perde e nem se perderá, já que eles vão dar suporte aos hospitais da rede Fhemig”, explicou Cabral.

Fonte: O Tempo Online

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