Em plena polêmica sobre o financiamento da saúde no Brasil, com a possibilidade de criação de um novo imposto, a presidente Dilma Rousseff deixa de lado as discussões com o Congresso e anuncia um plano para interiorizar o atendimento, melhorando as condições de vida da população das pequenas cidades. Em seu programa semanal de rádio, a presidente informou que o governo vai estimular que médicos recém-formados trabalhem em postos e centros de saúde públicos em troca de redução da dívida do Financiamento Estudantil (Fies). Estes jovens vão prestar serviços em 2.000 municípios, onde a carência de médicos é maior. Quem aceitar o desafio pode ter um bom desconto no financiamento ou mesmo acabar fazendo todo o curso de graça.
No programa de rádio, Dilma afirmou que os jovens médicos precisam conhecer as reais necessidades da população. A presidente disse que pediu um plano aos ministérios da Saúde e da Educação para aumentar a qualidade da formação médica, e que a criação de faculdades de medicina em cidades do interior faz parte desse plano. Vamos abrir vagas para formar mais 4.500 médicos por ano, e vamos continuar levando os cursos de medicina para as cidades do interior, disse, ao citar a criação do curso de medicina da Universidade de Pernambuco em Garanhuns.
Os jovens alunos vão estudar ali mesmo e, logo, logo, vão poder contribuir para melhorar as condições da saúde daquela comunidade, daquela região. Um dos maiores objetivos do meu governo é fazer com que a qualidade de atendimento do Sistema Único de Saúde seja igual àquela praticada, por exemplo, nos grandes hospitais privados do nosso país. Vamos garantir atendimento humano e de qualidade, e isso é um compromisso a ser buscado todos os dias, concluiu.
Dilma encomendou aos ministérios da Educação e da Saúde o plano nacional de educação médica a ser apresentado até outubro deste ano. O objetivo da medida, de acordo com a presidente, é suprir a falta de médicos em todo país, principalmente no interior. Segundo ela, um dos pontos do plano é o incentivo para os estudantes que optarem por estudar e trabalhar no interior do país. Além de descontos no Fies, terão melhor acesso a uma pontuação em residência.
De acordo com Dilma, a falta de médicos é um dos principais obstáculos para melhorar os serviços de saúde pública no Brasil.
Atendimento
Uma das dificuldades para melhorar a saúde pública no Brasil é o insuficiente número de médicos e sua má distribuição sobre o território nacional. Hoje, o Nordeste tem 28% da população brasileira e apenas 17% dos médicos.
Carência
Em todo o Brasil, há falta de médicos, e isso fica ainda mais agudo nas cidades do interior e nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Remédios
O Ministério da Saúde deve ampliar para as cidades mais pobres do país a rede de farmácias autorizadas a distribuir gratuitamente os remédios para hipertensão e diabetes.

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