O governador Antonio Anastasia lançou nesta terça-feira (2), no Palácio Tiradentes, mais um programa de combate às drogas. Intitulado de ?Aliança pela Vida?, a ação conta com a parceria de entidades da sociedade civil e tem como objetivo promover uma luta contra as drogas.
Durante o programa, serão ampliadas ações já existentes e implantado um novo conjunto de medidas de enfrentamento aos problemas relacionados ao consumo e abuso de álcool e outras drogas, sobretudo o crack.
As ações serão voltadas ao atendimento de usuários, dependentes de drogas e seus familiares, e à capacitação de profissionais de saúde, da área de assistência social e do sistema de defesa. Além disso, o programa também vai atuar na repressão ao tráfico de drogas.
O Aliança pela Vida é um dos resultados do decreto assinado pelo governador em fevereiro deste ano, determinando a aplicação de até 1% do orçamento de órgãos e secretarias do Estado que desenvolvam programas sociais a projetos de prevenção e combate às drogas. Apenas para este ano, estão previstos investimentos no valor de R$ 70 milhões.
Novas ações
Durante a primeira etapa do programa, os recursos serão destinados às ações abaixo:
Mobilização Social – Será lançado nesta quarta-feira (3), edital para seleção de 100 projetos de entidades sociais parceiras em todo o Estado. Elas receberão recursos de até R$ 70 mil do Governo de Minas para desenvolver ações de mobilização social voltadas para a prevenção e o combate às drogas. Serão selecionados os projetos mais inovadores dirigidos para a área da educação: juventude que queira abandonar o tráfico, para profissionais do sexo, para as famílias dentre outros.
Rua Livre – Locais de consumo e de venda de drogas serão ocupados com atividades culturais, esportivas e de lazer. A proposta é chegar às ruas, praças e outros espaços públicos antes das drogas. Paralelamente, também serão desenvolvidas outras atividades integradas e simultâneas para inibir o uso de drogas nesses locais. Uma delas é o acolhimento ao usuário, a ser feito no próprio local por uma unidade móvel, que contará com profissionais qualificados e ajuda de ex-usuário de drogas, capacitado pelo Governo de Minas para integrar a equipe. Esses profissionais vão orientar, alimentar e fazer o encaminhamento ao serviço adequado. Também buscarão referências familiares da pessoa acolhida para dar mais eficiência ao atendimento. É válido lembrar que a unidade móvel estará em contato permanente com a Polícia Militar, que poderá ser acionada a qualquer momento para a repressão ao tráfico. Serão ainda feitas intervenções urbanas para melhorar a limpeza e iluminação desses locais.
Canal Minas Saúde – Por meio do Canal Saúde serão capacitados 150 mil profissionais do Estado e dos municípios nas áreas de saúde, educação, assistência social e sistema de defesa para atuar nas ações de prevenção e combate à droga. O curso a distância, de 80 horas, terá início na última semana de agosto.
Socorro Familiar – Equipes formadas por psicólogo e assistente social atenderão familiares de usuários de drogas em casa. A proposta é fazer o primeiro acolhimento, orientar e, quando necessário, encaminhar membros da família ou o próprio usuário para assistência em serviços especializados. Será dada prioridade para casos de internação encaminhados pela Justiça.
Ligue Minas 155 / SOS Drogas – Vinte atendentes foram qualificadas para dar atendimento mais eficaz a quem procura o SOS Drogas. Quem discar o número 155 terá informação sobre a localização e o acesso a serviços de assistência ao dependente químico. Para casos de urgência, as atendentes terão suporte de equipe especializada do SOS Drogas, formada por psicólogo e assistente social, que orientarão de acordo com a necessidade de cada caso. Além do SOS Drogas, o governo mineiro mantém o Centro de Referência Estadual em Álcool e Drogas (Cread), localizado na Praça Sete, em Belo Horizonte. O Centro presta atendimento presencial a pessoas com dependência e apoia as suas famílias. Minas Gerais conta também com a Rede Complementar de Suporte Social na Atenção ao Dependente Químico, formado por entidades terapêuticas conveniadas, que disponibilizam quatro mil vagas em diversas modalidades: ambulatorial, permanência dia, internação, abrigo temporário, entre outras. O Estado conta ainda com a parceria técnica de grupos de mútua ajuda, que atendem e dão suporte à família do dependente químico.

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