Postagens no Facebook aproximaram o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, de familiares e amigos de pessoas com portadoras de autismo.
Nesta terça-feira (2), o secretário se encontrou com lideranças Pro Autismo (Associação de Pais de Autista e Representantes do Instituto Superação) e representantes da secretaria de Saúde para dar os primeiros passos no sentido de criar uma política pública voltada para a qualificação, tratamento e formas de atendimento do distúrbio.
O autismo é uma alteração que afeta a capacidade de comunicação, de socialização e de comportamento do indivíduo.
Entre as propostas apresentadas no encontro, o destaque é a preparação da Rede de Atenção à Saúde para receber e os autistas. ?Vamos criar, também, um convênio de apoio técnico financeiro para a contratação de especialistas?, adiantou o secretário.
Antônio Jorge propôs, ainda, a criação de um Curso de Gestão Clínica em Autismo, voltado para a capacitação de professores e trabalhadores da Saúde. ?O curso, que será transmitido pelo Canal Minas Saúde para todas as unidades de Saúde no Estado, terá como proposta a capacitar todos os profissionais, com o consequente alinhamento conceitual sobre a doença?, finalizou.
O representante do Instituto Superação, que reúne pais e pessoas ligadas a pacientes autistas, Maurício Moreira, garantiu que as maiores dificuldades estão no tratamento da doença. ?Trabalhamos atualmente com 200 famílias na capital e 250 em Governador Valadares. Participamos de várias audiências públicas para a mudança da forma de atendimento, pois os autistas são capazes; só precisam ser tratados adequadamente. Queremos dar a oportunidade de interação dessas pessoas com a sociedade, possibilitando o desenvolvimento de habilidades para inseri-los no mercado de trabalho?, explicou.
Diagnóstico tardio
Ceila Reis, de Poços de Caldas, mãe de adolescentes autistas, acredita que o maior problema ainda é o diagnóstico tardio da doença. ?Tenho dois filhos adolescentes e convivo com as dificuldades de inserção social dos meus filhos, devido ao diagnóstico tardio. É preciso identificar a doença no início da infância. A criança responde melhor ao tratamento e, consequentemente, desenvolverá com mais facilidade a sua funcionalidade?, enfatizou.
Uma nova reunião com todos os representantes foi agendada para o próximo mês. O objetivo é dar continuidade às discussões sobre o assunto e analisar o andamento das propostas definidas.

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