O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quinta-feira (13), que o governo fará um corte em torno de R$ 10 bilhões nas despesas de custeio do Orçamento da União deste ano. Segundo ele, os ministérios vão ter que fazer esse sacrifício para conter o aquecimento da demanda na economia. De acordo com o ministro, a demanda da economia, que é formada pelo setor público e privado, está acima do normal. A maneira mais rápida de agir, segundo ele é cortando a demanda pública por meio de um contingenciamento nos gastos de custeio, que ele comparou a ?um corte na veia?.
Segundo Mantega, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já concordou com a medida, que será o segundo corte no orçamento de 2010. O primeiro corte foi de R$ 21,8 bilhões. ?Esse (novo corte) será um complemento?, disse Mantega, na portaria do Ministério da Fazenda. O ministro disse que o corte nos gastos é mais vantajoso do que um aumento de juros, porque o efeito é mais rápido. Segundo ele, os investimentos e programas sociais serão preservados. ?Para a economia é um bom sinal?, disse.
Mantega declarou que o governo não deixará que o crescimento da economia em 2010 seja maior do que 7%. Segundo ele o governo tem instrumentos, entre eles o aumento dos juros, para manter o crescimento equilibrado. O ministro disse que o primeiro trimestre será aquecido, mas depois haverá uma desaceleração do crescimento. Depois será menos aquecido, afirmou Mantega.
Ele disse que o governo tem que ?ir observando para, não fazer bobagem?. Mantega destacou que o governo não pode deixar a economia crescer ?demais ou de menos?. E disse que não acredita que o crescimento será de 7,5% ou 8%, como prevêem analistas.

COMPATILHAR: