A fama do cheque não é boa entre os comerciantes. Em alguns postos de gasolina ele não é aceito como opção de pagamento.Isso porque, na maioria das vezes, na mesa do gerente estão dezenas de cheques devolvidos por falta de fundos.
Agora bancos e correntistas terão regras mais rígidas para a concessão e a utilização dos cheques. Nos novos contratos as instituições terão de especificar as exigências para o cliente ter direito a talão de cheque. Em um ano, os contratos antigos também terão de ser adaptados às regras.
Esse é o mesmo prazo para que os bancos ofereçam aos comerciantes um serviço de consulta sobre a situação dos cheques. Em seis meses, a data de emissão das folhas de cheque terá de ser impressa nos talões.
?Se o cheque foi confeccionado há um ano, dois anos, isso ajuda o comerciante ou quem for receber o cheque, se aquele cheque tem suspeitas de ser um cheque fraudado, roubado etc?, explica o chefe do departamento de normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos.
Mas a principal mudança entrou em vigor na sexta-feira passada (29) e mexeu com a vida dos correntistas. Quem quiser sustar um cheque alegando roubo, furto ou extravio vai ter dois dias para apresentar ao banco um boletim de ocorrência policial para validar a contraordem. O registro só não será exigido nos casos de quebra de contrato.
Segundo o Banco Central, as regras vão dar mais segurança, principalmente para os comerciantes que se vêm às voltas com um número impressionante: no ano passado, 61 milhões de cheques devolvidos no país.

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