A greve dos caminhoneiros provoca falta de combustíveis em várias cidades do Estado do Rio de Janeiro. O diesel não chegou às garagens de ônibus, e motoristas enfrentaram filas em vários postos na madrugada desta quarta-feira (23).

Às 6h53, caminhoneiros chegaram a bloquear quatro faixas da Avenida Brasil, no trecho entre Jardim América e Parada de Lucas, em direção ao Centro do Rio, interrompendo totalmente o trânsito. Às 7h, os manifestantes ocupavam apenas uma faixa, mas o congestionamento na via era grande. Este é o terceiro dia de protestos dos caminhoneiros nas estradas do Estado do Rio.

Eles protestam contra o preço do diesel e os impostos que incidem sobre os combustíveis. Eles reclamam também dos frequentes reajustes que fazem parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho.

O RioÔnibus, entidade que representa as empresas do setor, alertou na terça (22) que as ruas do Rio teriam menos veículos circulando. Porém, às 6h10, havia ônibus nas ruas de São Cristóvão, e passageiros contaram que não enfrentaram dificuldades.

Em um posto de combustíveis na Rodovia Washington Luís, altura de Duque de Caxias, os motoristas de ônibus fizeram fila para abastecer.

O Metrô Rio reforçou a operação em 41 estações do sistema.

Na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa, manifestantes se concentraram no acostamento da via e em alguns postos de combustíveis. Por volta das 6h30, eles atearam fogo a alguns pneus, dificultando a visibilidade de motoristas que passam pela região.

Reajuste nos preços

Na Ceasa, alguns alimentos já registram alta nos preços por causa da dificuldade no transporte. O saco de batata, geralmente vendido a R$ 60, chegou a ser vendido a R$ 400. A caixa de tomates, geralmente vendida a R$ 40, estava sendo vendida a R$ 80 na terça-feira (22).

Os comerciantes afirmam que muitas mercadorias estão presas nas estradas e não chegam ao Rio. “[O caminhão] não chegou até agora. Era para estar aqui desde meia-noite”, contou um dos trabalhadores.

Às quartas-feiras, descarregam em média 340 caminhões durante a madrugada. Mas, hoje, foram só 75. A maioria que consegue chegar vem de dentro do Estado do Rio. De fora vêm frutas e legumes.

 

 

Fonte: G1||

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