O que antes era inegociável (redução de carga horária) agora é aceito e até funcionou como moeda de troca para viabilizar uma solução mais rápida para o impasse.
A greve dos médicos que atendem nos PSFs, pode ter um final feliz (para quem, ainda não se sabe) no decorrer da próxima semana.
Segundo informações obtidas junto ao Sintramfor na terça-feira (13), após ser realizada uma reunião já agendada com o prefeito para ocorrer às 15h e durante a qual lhe será apresentada formalmente a proposta já costurada entre o seu gabinete e o Sindicato, os médicos poderão, durante assembleia, aprovar o fim da greve.
Segundo a nova proposta, os médicos terão as horas semanais de trabalho fixadas em 32h, sendo que destas, algumas deverão ser prestadas nos respectivos postos de saúde (4h pela manhã) e as restantes, dedicadas a estudos e outras ainda, cumpridas por meio da realização de visitas em domicílios e com a participação em cursos e palestras a serem ministradas por eles mesmos.
Quanto a remuneração, a proposta prevê que irá vigorar como salário inicial algo em torno de R$ 8.039,58, acrescidos das vantagens adquiridas por tempo de serviço e já com novo reajuste definido para ocorrer em janeiro do próximo ano.
Ao governo caberá também a tarefa de até janeiro de 2015, remodelar os postos de saúde, reestruturando e os adequando ao mínimo necessário para um funcionamento decente e de acordo com as normas sanitárias e outras vigentes. Também caberá a ele, (governo municipal), viabilizar a questão da realização imediata de exames complementares, atos cirúrgicos e/ou consultas, com especialistas, desde que requisitados pelos ?médicos dos PSFs?. A entrega regular de medicamentos e a manutenção do material mínimo necessário para o bom atendimento da clientela dos postos de saúde, assim como a permanência regular do pessoal de apoio necessário, também faz parte do acordo e segundo informações da classe médica é tarefa a ser cumprida pelo governo, de imediato.
A grande preocupação dos médicos, ao aceitarem a formatação desta nova proposta e de concordarem com um reescalonamento dos níveis salariais até que se atinja o mínimo legal, se deu em função do entendimento da classe médica de que, antes de tudo, era preciso não radicalizar, o que, se acontecesse, só prejudicaria o atendimento da população mais carente, pois esta depende, primordialmente, do atendimento que, ainda que de forma precária e muitas vezes incipiente até então lhes foi ofertado, nos PSFs.
Segundo o sindicato, a redução da carga horária atende a requisitos da Portaria 288 e, da pauta de negociações, consta também o cancelamento de todos os procedimentos administrativos em andamento, assim como o compromisso de no início de 2015 se rever a questão salarial (reescalonamento).

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