A greve dos professores da rede estadual perdeu força. Segundo balanço da Secretaria de Estado de Educação (SEE), 46 é o número de escolas completamente paralisadas hoje. O total representa 70% a menos do número de instituições que estavam paradas no dia 10 de junho (145). O movimento completa cem dias nesta quinta-feira (15).
Já as escolas parcialmente afetadas pela paralisação subiu 56%. Em junho eram 500 e hoje já somam 784. Uma das medidas adotadas pelo Estado para reduzir a paralisação foi a contratação até o momento de 2.404 professores substitutos para o 3º ano do ensino médio.
Conforme a SEE, 18 mil professores permanecem parados, cerca de 10% de um total de 183 mil educadores. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) contesta os dados do Estado e informa que o movimento possui a adesão de 50% dos professores. Mesmo com o corte do salário dos professores e o investimento em publicidade para denegrir a nossa imagem, nós vamos manter o movimento, afirmou a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira. Segundo ela, a greve já é a maior das últimas duas décadas. A próxima assembleia da categoria será amanhã.
Beatriz reafirmou ontem que, enquanto o Estado não pagar o piso nacional proporcional de R$ 712,20, seguindo o plano de carreira, os professores vão resistir. A lei federal 11.738/08 define o piso de R$ 1.187 para 40 horas semanais. Em Minas, os professores têm jornada de 24 horas. O Estado ofereceu a remuneração mínima, mas não considerou a escolaridade e o tempo de serviço do profissional no regime antigo.
O Estado implantou o sistema de subsídio, modelo de remuneração que incorpora os benefícios ao salário e paga, no mínimo, R$ 1.122 para profissionais com nível médio.
Manifestação
Nesta terça-feira (13), cerca de cem professores fizeram uma manifestação na Assembleia Legislativa para impedir a votação do projeto de lei 2.355/11 que institui o subsídio. O projeto foi votado na Comissão de Constituição e Justiça e vai passar por mais duas comissões antes de seguir para plenário.

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