Professores e técnicos administrativos do ensino superior sinalizam a realização de uma greve nas universidades federais de Minas Gerais, nos próximos dias. Por parte dos educadores, a paralisação, aprovada em âmbito nacional, deve abranger todas as instituições mineiras a partir desta próxima quinta-feira (17), com exceção da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na capital, os docentes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) já votaram pela suspensão das aulas, o que vai prejudicar 10 mil alunos.
Já na UFMG – onde os professores têm um sindicato à parte e não integram a mobilização -, os técnicos administrativos planejam cruzar os braços na próxima segunda-feira (21), o que depende de uma votação com os trabalhadores pela manhã, no campus Pampulha. Se aprovada a greve, laboratórios e biblioteca vão permanecer fechados.
Em ambas os manifestos, os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho. A negociação dos docentes com o governo federal se estende há mais de dois anos. A categoria conseguiu um aumento salarial de 4%, conforme publicado ontem, no Diário Oficial da União. No entanto, o combinado é que o reajuste viria acompanhado da reestruturação da carreira dos professores, que hoje é dividida em ensino básico e magistério superior.
É preciso acabar com essa diferença e criar uma carreira única, para valorizar os profissionais e melhorar as condições de trabalho, afirmou o presidente da Seção Sindical dos Docentes do Cefet (SindCefet), Fausto de Camargo Júnior.
Para decidir se aderem à mobilização nacional, sindicatos de outras universidades fazem assembleias nesta semana. Na Universidade Federal de Viçosa (UFV), uma votação sobre a paralisação está prevista para esta terça-feira.
Já os técnicos pedem redução da jornada diária de trabalho de 8 horas para 6 horas e valorização salarial, que varia de acordo com a classe.

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