Um especialista em segurança digital, que sofre de diabetes, descobriu uma das primeiras vulnerabilidades encontradas em dispositivos médicos. Jay Radcliffe revelou, em um evento em Las Vegas, falhas de segurança em bombas de insulina implantadas em pacientes com diabetes.
Segundo Radcliffe, hackers podem facilmente invadir os dispositivos, que possuem um sistema de comunicação sem fio. As falhas poderiam permitir que um hacker controlasse remotamente as bombas e alterasse as doses de insulina. No palco da conferência de segurança Black Hat, Radcliffe hackeou a bomba que estava implantada no seu próprio corpo.
Na quinta-feira (25), Radcliffe revelou o nome da companhia responsável pelo dispositivo. Mesmo dizendo que os riscos aos pacientes são baixos, Radcliffe disse que a empresa Medtronic deveria tomar medidas para que a bomba se tornasse mais segura.
A Medtronic reconheceu que as falhas nas bombas poderiam permitir que hackers invadissem os dispositivos. No entanto, a empresa afirmou que os cerca de 200 mil pacientes de diabetes que usam o dispositivo não precisam se preocupar, porque o risco de um ataque hacker é extremamente baixo. ?Isso teria que ser uma ação premeditada por alguém tentando causar danos a um indivíduo?, disse John Mastrototaro, da Medtronic.
O vice-presidente da empresa de segurança McAfee, Stuart McClure, disse que o debate sobre a segurança cibernética em dispositivos médicos deve ganhar força. ?Todos os dispositivos, incluindo os médicos, podem ser hackeados, e as empresas não devem pensar que seus equipamentos estão imunes?, disse McClure.

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