Infelizmente, vigora em grande número dos municípios brasileiros que se valem dos “lixões” ou dos chamados “aterros descontrolados” para promoverem o descarte do lixo produzido pelas populações, é sim, uma bomba de efeito retardado que mais cedo ou mais tarde, acaba retribuindo de forma não muito ortodoxa, sem emitir sequer um aviso, as agressões que anteriormente foram perpetradas contra a natureza.

Aqui mesmo, antes de se completados 10 anos de sua existência, o antigo lixão do Maringá nos deu mostras disso. À época, 2009, movimentou-se por aqui uma série de técnicos representando órgãos estaduais de controle ambiental e boa parte da nata acadêmica cedida pelo Unifor, para que, de forma mais rápida, econômica e eficiente, se debelasse o problema da queima espontânea de metano. Com isto, evitou-se que danos de maior monta atingissem as populações vizinhas daquilo que à época se convencionou chamar de equipamento público.

Agora, decorrida outra década, o monstro enterrado novamente dá sinais de vida. Pior que isso, é saber que neste município de Formiga, além deste, existem alguns outros locais que, tal e qual àquele, serviram de depósito de todo o lixo aqui produzido por anos a fio.

Assim sendo, imaginamos que a nossa competente e laboriosa equipe da Gestão Ambiental que com tanto zelo tem se dedicado à operação do nosso Aterro Sanitário, elogiado e apresentado como exemplo para todo o Estado, deva também se preocupar em manter sob certo controle, as inúmeras áreas aqui existentes e que, como todos sabemos, nos ameaçam diariamente com a possibilidade de um dia, tal e qual tem ocorrido no Maringá, o metano acabe entrando em combustão o que, se não controlado com rapidez, pode representar perigo incalculável para as populações ali instaladas.

Estas áreas, além de cercadas não devem e nem podem servir para a construção de residências, galpões ou qualquer outro tipo de edificação que facilite a presença de humanos, sob as mesmas.

Só a título de exemplo, lembramos que não faz muito tempo, verificamos que havia um plano de se instalar em uma delas, academias ao ar livre e até quadras esportivas para uso das populações vizinhas. Ao permitir que algo assim ocorra, estará o município entregando à vizinhança, uma bomba relógio que, ninguém sabe ou pode afirmar se um dia explodirá ou não.

Pelo sim, pelo não, o melhor é que a Defesa Civil providencie tais interdições já que os adeptos da especulação imobiliária não costumam medir os prós e contras, quando se tem em mente o lucro que advém de certas transações. E aí…

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