Quando você vai à academia de ginástica, lava as mãos antes e depois de usar o equipamento? Traz seu próprio tapetinho limpo regularmente para os exercícios no chão? Toma banho com sabonete antibacteriano e veste roupa imediatamente após o exercício? Usa suas próprias toalhas, barbeadores, sabonete e garrafa de água?
Se você respondeu não a qualquer uma das perguntas acima, pode acabar tendo infecção de pele, que pode se espalhar pelo ambiente igual fogo em época de seca. Em junho, a Associação Nacional de Treinadores Atléticos dos EUA publicou artigo sobre as causas, prevenção e tratamento de doenças de pele em atletas. As informações também podem ser aplicadas a qualquer pessoa que pratica exercícios em um ambiente compartilhado, seja na escola ou no clube.
Os autores destacaram que as infecções de pele em atletas são extremamente comuns e correspondem a mais da metade dos surtos de doenças infecciosas ocorridas entre os participantes de esportes competitivos.
Caso
E, se você acha que os problemas de pele são algo sem importância, veja o que aconteceu com Kyle Frey, atleta da luta greco-romana da Universidade Drexel, na Filadélfia.
Frey, 21 anos, notou uma espinha no seu braço no fim do ano passado, mas fez pouco caso dela. Ele competiu em uma luta no sábado, mas, na manhã seguinte, a espinha cresceu, ficando do tamanho do seu bíceps e muito dolorida.
O treinador o mandou para o pronto-socorro, onde foram colidas amostras da lesão para exames. Dois dias depois, ele descobriu que estava com Staphylococcus aureus resistente à meticilina (Sarm), infecção por estafilococo que é potencialmente mortífera e não sucumbe à maioria dos antibióticos.
Frey passou cinco dias no hospital, onde a lesão foi limpa por meio de cirurgia, fechada com pontos e tratada com antibióticos. Ele disse que não sabia como pegou Sarm. Pode ser que o tatame estivesse contaminado ou então lutei com alguém que tinha a infecção.
Se isso pode acontecer com Frey, que afirma sempre ter sido consciente acerca da sua saúde na academia e cuidadoso em não compartilhar seus pertences, isso também pode acontecer com você.
Banho
– Os atletas devem tomar banho após o exercício com sabonete antibacteriano e lavar o corpo inteiro.
– Deve-se tomar banho na academia e vestir roupas limpas, que devem ficar separadas das sujas. O ideal é ter duas bolsas, uma apenas para as roupas limpas.
– As mulheres tendem a não tomar banho na própria academia, enquanto os homens, que são mais prováveis de se banhar, não enxaguam o corpo inteiro, incluindo os pés.
Prevenção minimiza os riscos
Os atletas de fim de semana, assim como os participantes de esportes organizados, estão propensos a contrair infecções fúngica, viróticas e bacterianas de pele. Suor, esfoliações e contato direto ou indireto com as lesões e secreções de outras pessoas podem tornar a pele de todo atleta vulnerável a vários problemas. Apesar da Sarm ser a infecção de pele mais grave, pé de atleta, micose, bolhas, impetigo, herpes, dentre outras infecções, não são nada divertidas.
Atletas que estão infectados devem evitar competições por pelo menos uma semana, até o tratamento acabar com as infecções. Pesquisadores advertem contra apenas cobrir as infecções como herpes e lesões bacterianas ativas para poderem voltar às competições.
Da mesma forma, pessoas que fazem exercícios em uma academia ou nada em piscina pública deveriam manter-se afastadas das atividades até serem liberadas por um médico especializado em doenças da pele. É preciso manter você e seu equipamento limpos. Nunca se sabe quem foi a última pessoa que usou o equipamento na academia. Os aparelhos podem ser um ótimo ninho para essas bactérias, sendo que algumas delas são bem nocivas.

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