Com o tema Nosso dinheiro, nossos direitos, organizações e entidades de vários países da América Latina e do Caribe celebram neste Dia Mundial do Consumidor em uma atividade organizada por membros de Consumers International (CI), com o objetivo de buscar serviços financeiros mais justos.
Diversos são os problemas enfrentados pelos consumidores, como cláusulas e cargos abusivos de contratos bancários e de cartões de créditos. Muitas vezes, segundo informações de CI, os consumidores ainda sofrem com dívidas. Por conta disso, as organizações que formam a Consumers International na América Latina e no Caribe realizam, neste ano, atividades para ressaltar a importância de respeitar os direitos dos consumidores nos serviços financeiros.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) preparou uma série de atividades que serão realizadas ao longo do ano. A questão financeira também será debatida pelo Instituto. No dia 27 de abril, os interessados poderão receber orientações sobre as questões financeiras, como: serviços bancários, cobranças de tarifas bancárias, acesso ao crédito, cobrança de taxas de juros e outros encargos de financiamentos e endividamentos dos consumidores.
Essa é apenas a primeira de quatro palestras que acontecerão também em celebração aos 20 anos do Código de Defesa do Consumidor. Outros temas, como planos de saúde e orçamento doméstico, por exemplo, serão abordados durante o ano de 2010.
Desafios
Além dos problemas financeiros, os consumidores ainda enfrentam inúmeros desafios em relação a seus direitos. De acordo com Andrea Salazar, consultora jurídica do Idec, o Brasil, por exemplo, possui um Código de Defesa do Consumidor reconhecido internacionalmente, mas ainda passa por uma série de problemas. Isso porque, segundo ela, há várias leis e resoluções que tratam de questões específicas em relação ao consumo, o que dificulta para o consumidor acompanhar e conhecer todos os seus direitos.
O consumidor também não vive só de direitos. Para a consultora, o maior desafio em relação ao consumo, após a questão dos direitos, é a responsabilidade dos compradores. O consumidor deve pensar no ato de consumir, evitando o supérfluo e optando por produtos sustentáveis, como alimentos livres de agrotóxicos, lembra.
Mais informações sobre Nosso dinheiro, nossos direitos estão disponíveis em: .
Já as atividades promovidas pelo Idec podem ser conferidas em: http://www.idec.org.br/20anoscdc/#especiais.

Dicas para consumir melhor
Você não deve comprar:
Produtos com prazo de validade vencido. Preste atenção aos prazos indicados nas embalagens de alimentos e remédios.
Produtos com má aparência; latas amassadas, estufadas ou enferrujadas; embalagens abertas ou danificadas.
Produto com suspeita de ter sido falsificado.
Produtos que não atendam à sua real finalidade. Por exemplo: chuveiro elétrico ou ferro de passar que não esquentem. Se o produto não funcionar como deve, troque ou devolva onde comprou.

Você não deve contratar
Profissionais que não tenham condição de realizar o serviço, fazendo experiências no seu produto ou na sua casa. Prefira um profissional recomendado.
Qualquer serviço sem orçamento. Além do valor, o orçamento deve estabelecer a forma de pagamento, o tempo execução do serviço, o tipo de material a ser usado e detalhes do serviço a ser executado. O documento tem validade de 10 dias, a partir da data de recebimento pelo consumidor.
Outros procedimentos
Toda compra ou contratação de serviços precisa ser documentada quando é realizada. Exija a nota fiscal. Guarde-a, pois ela pode ser uma prova para garantir seus direitos.
Também guarde pedidos, garantias, instruções, contratos, recibos de pagamento, número de cheques, comprovantes de compra com cartão de crédito e qualquer outro documento que possa assegurar seus direitos, caso seja necessário recorrer a eles.

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