Hong Kong anunciou nesta terça-feira (28) que suspenderá linhas férreas utilizadas por trem de alta velocidade que ligam o território semiautônomo com a China continental a partir de quinta-feira (30) em uma tentativa de conter a expansão do coronavírus, que já provocou 106 mortes. O número de infectados já passa de 4,5 mil.

A BBC afirma que os serviços de balsas, ônibus e o transporte aéreo também serão reduzidos. Segundo a CNN, algumas fronteiras também serão bloqueadas.

Essa não é a primeira medida restritiva adotada pela administração de Hong Kong. No domingo, foi proibida a entrada no território de moradores da província de chinesa de Hubei. Das 106 mortes, 100 foram registrada em Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, considerada como epicentro da doença.

No cenário internacional, a Mongólia foi o primeiro país a fechar as fronteiras terrestres com a China, enquanto a Malásia tem proibido as pessoas da província chinesa de Hubei, a mais afetada, de viajarem ao país. Já a Alemanha e a Turquia desaconselham seus cidadãos a viajarem para território chinês.

Morte em Pequim

Na segunda-feira (27), também foi confirmada a primeira morte por complicações respiratórias causadas por coronavírus em Pequim.

Segundo a rede estatal CCTV, a vítima é um homem de 50 anos diagnosticado com a doença na quarta-feira (22) após viagem para Wuhan, cidade considerada como epicentro da doença.

Em uma tentativa de conter a propagação da doença, o governo chinês suspendeu as comemorações do Ano Novo Lunar e estendeu o feriado até o dia 2 de fevereiro. Grandes empresas fecharam as portas ou disseram aos funcionários para trabalhar de casa.

O premiê chinês, Li Keqiang, visitou a cidade de Wuhan para sinalizar que está respondendo seriamente ao surto. O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que está a caminho de Pequim para “estreitar a colaboração” com a China. Nesta segunda-feira, a OMS passou a classificar como “elevado” o risco internacional de contaminação pelo coronavírus.

Transmissão do vírus

O ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, disse neste domingo (26) que o novo coronavírus pode se espalhar antes mesmo do aparecimento de sintomas.

Xiaowei afirmou ainda que a capacidade de transmissão do coronavírus está se fortalecendo e reforçou que as ações de contenção – que até agora incluem restrições de transporte e viagens e o cancelamento de grandes eventos – serão intensificados.

Coronavírus pelo mundo — Foto: Arte G1

Vacinas contra o vírus

Um grupo de cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) deverá testar vacinas contra o coronavírus em humanos em até três meses, de acordo com a agência de notícias Reuters. A vacina será desenvolvida a partir do código genético desta nova mutação do coronavírus, conhecida como 2019-nCOV.

A OMS pediu a cientistas de todo o mundo que estejam estudando o novo coronavírus compartilhem suas descobertas com a instituição mesmo sem a publicação oficial em periódicos oficiais.

A Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) – grupo internacional para o controle de doenças – anunciou em 22 de janeiro um fundo para apoiar três programas de desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus. Rússia, por meio de seu órgão regulador, também havia anunciado que está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus.

 

Fonte: G1||
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