O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atinge nesta quarta-feira (14), às 20h40, a marca de R$500 bilhões pagos em impostos, taxas e contribuições pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano, estima a ACSP.

Em 2017, o montante foi registrado no dia 20 de março, seis dias mais tarde. “Essa antecipação verificada em 2018 decorre do reaquecimento da economia e também da elevação do consumo de produtos e serviços, já que o grosso do bolo tributário recai sobre esses itens”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP.

Burti também chama a atenção para segmentos que puxam a arrecadação, como a indústria automotiva, que tem crescido a taxas superiores às da economia como um todo.”Veículos são altamente tributados, e a produção aumentou bastante. Ainda que boa parte tenha sido destinada à exportação, que é isenta, grande parte dos veículos foi absorvida pelo mercado interno”, acrescentou.

Impostômetro

Criado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o impostômetro é um  mecanismo  que calcula em tempo real o somatório da arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais. O painel fica em frente ao prédio da ACSP, no centro da capital paulista.

O impostômetro pode ser acompanho também pelo site do mecanismo (Confira aqui).

Como funciona

1) Diversos órgãos do governo, como a Receita Federal, enviam os dados para o sistema do Impostômetro. Todas as fontes são oficiais, ou seja, nada de especulação. Entram na soma: impostos, taxas e contribuições, multas, juros e correção monetária.

2) Os dados usados são sempre um valor projetado, baseado nos impostos cobrados. O valor que é de fato arrecadado geralmente traz uma margem de diferença de 2 a 3,5%, para mais ou para menos. Quando os dados reais são divulgados, o total é corrigido.

3) Todos os valores projetados são enviados e somados antes do Réveillon. À meia-noite do dia 1º de janeiro, o painel é zerado e recomeça a contagem: a cada fração de segundo, é adicionada uma quantia do volume total que foi previsto.

4) Em um dia, a média de arrecadação é de R$ 3,91 bilhões. O Sudeste responde por 64,19% desse montante, o Sul, 13,44%, o Centro-Oeste, 10,48%, o Nordeste, 8,77%, e o Norte, 3,12%. Só para pagar impostos, o brasileiro trabalha 150 dias do ano.

 

Fonte: Impostômetro||

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